Powell não convence investidores: Wall Street recua com medo da inflação

Depois da recuperação de terça-feira, Wall Street voltou a abrir em queda. O setor da tecnologia continua a ser um dos mais afetados, apesar do ganho de 2% da Tesla.

As bolsas norte-americanas abriram a sessão em baixa, numa altura em que os investidores continuam receosos com a subida dos juros das Obrigações ao Tesouro dos EUA e a possibilidade de os estímulos orçamentais virem a gerar inflação. As cotadas ligadas à tecnologia voltam a sofrer a maior pressão, apesar do ganho de cerca de 2% da Tesla, numa altura em que o preço da bitcoin recupera.

Apesar da mensagem tranquilizadora do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que descartou na terça-feira a possibilidade de vir aí inflação, os investidores não estão convencidos e continuam preocupados com o rápido crescimento das yields das obrigações nas últimas semanas. A yield das obrigações a dez anos subiu para 1,4%, atingindo o valor mais alto desde fevereiro de 2020, segundo a CNBC.

Neste contexto, o o índice de referência S&P 500 cede 0,32%, para 3.869,07 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvaloriza 0,19%, para 31.478,33 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq recua 0,55%, para 13.391,33 pontos.

As ações ligadas ao setor tecnológico continua a sofrer a maior pressão. Os títulos da Apple desvalorizam 1,72%, para 123,69 dólares, os da Microsoft perdem 1,12%, para 230,66 dólares, e os da Alphabet, dona da Google, cedem 0,96%, para 2.051,07 dólares.

Em contrapartida, as ações da Tesla ajudam a amenizar as perdas do Nasdaq. A empresa sobe 2,07%, para 713,30 dólares, depois de o fundo gerido por Cathie Wood ter comprado mais 171 milhões de dólares em ações da empresa, numa altura em que o preço da bitcoin também recupera (a Tesla investiu 1,5 mil milhões de dólares em bitcoin este mês).

O desempenho negativo das bolsas norte-americanas acontece depois de uma aparente recuperação no fecho da sessão de terça-feira, na sequência das declarações de Jerome Powell no Comité Bancário do Senado. No encontro, o presidente da Fed veio garantir que a inflação não é uma ameaça para a maior economia mundial e apontou uma melhoria das perspetivas para o segundo semestre.

Ao mesmo tempo, o presidente da Fed alertou que “a recuperação económica ainda está longe de estar completa” e salientou que vai demorar algum tempo até a economia regressar aos níveis registados antes da pandemia, pelo que é necessário manter estímulos monetários.

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