Depósitos atingem recorde de 162,8 mil milhões de euros com portugueses em confinamento
Pandemia tem levado os portugueses a "engordarem" as poupanças nos bancos. Desde abril, foram depositados mais 8,6 mil milhões de euros pelas famílias portuguesas.
A pandemia feito crescer a poupança das famílias portuguesas. Com o novo confinamento, os depósitos bancários dos clientes particulares voltaram a aumentar, atingindo um novo recorde de 162,8 mil milhões de euros no primeiro mês de 2021.
“Os depósitos de particulares nos bancos residentes atingiram o valor mais elevado de sempre, totalizando 162,8 mil milhões de euros no final de janeiro”, pode ler-se no comunicado do Banco de Portugal. Em comparação com janeiro do ano passado, a taxa de variação anual fica assim fixada nos 7,8%.
Face ao mês anterior, está em causa um aumento de 981,4 milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelas famílias. Desta feita, os depósitos de particulares nos bancos ficam, assim, fixados num novo máximo histórico – com o anterior a ter sido registado em dezembro, quando esse mesmo montante foi de 161,9 mil milhões de euros.
O confinamento apresenta-se como a razão por detrás desta tendência. Estando por casa, as pessoas têm menos despesas que não as ditas “habituais”, conseguindo garantir um saldo extra que pode ser guardado nos bancos para utilização futura.
Efetivamente, desde a chegada da pandemia a Portugal, tem-se verificado um constante aumento mensal do montante depositado em instituições bancárias por particulares – excetuando-se aqui o mês das férias, agosto, onde o montante baixou relativamente a julho. Desde abril, foram depositados mais 8,6 mil milhões de euros pelas famílias portuguesas.
Empréstimos às famílias voltam a subir
No âmbito dos empréstimos concedidos a empresas e famílias, os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal mostram como estes também aumentaram. “Em janeiro de 2021, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 9,9%, mais 0,2 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às micro e às grandes empresas, cujas tva aumentaram 0,3 pp e 1,2 pp, para 14,3% e 5,0%, respetivamente”, adianta o Banco de Portugal.
No caso dos empréstimos a particulares para fins de habitação, a taxa de variação anual foi de 2,5%, um aumento de 0,2 pontos percentuais face a dezembro. Em janeiro, o montante concedido para esse fim estava fixado nos 95.278 milhões de euros. O montante destinado à aplicação em outros fins também subiu em janeiro, para os 6.505 milhões de euros.
De modo contrastante, é no crédito ao consumo que se encontra a exceção, com a taxa de variação anual a ter descido 1,0 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para -0,5%. Em janeiro, foram concedidos 19.009 milhões de euros às famílias por esse motivo.
O total de empréstimos a particulares atingiu assim, uma vez mais, aquele que é o seu valor mais elevado desde junho de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês de janeiro, para os 120.793,2 milhões de euros, mais 41,3 milhões de euros em comparação com dezembro.
(Notícia atualizada às 12h34 com mais informação)
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