Depósitos atingem novo recorde de 161,9 mil milhões de euros no mês do Natal

Portugueses tinham, no final do ano, 161,9 mil milhões de euros depositados nos bancos. Enquanto os depósitos batem recorde, o crédito à famílias está no valor mais elevado desde 2015.

A pandemia tem vindo a ter, indiscutivelmente, um impacto positivo nas poupanças das famílias portuguesas. Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal vieram comprovar isso mesmo, ao revelarem que, no mês das festividades natalícias, o montante em depósitos bancários dos clientes particulares fixou-se nos 161,9 mil milhões de euros, valor que supera o anterior recorde.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizavam 161,9 mil milhões de euros no final de dezembro”, pode ler-se no comunicado do Banco de Portugal. Em comparação com dezembro do ano passado, a taxa de variação anual foi de 8,1%.

Face ao mês anterior, registou-se um aumento de 1,7 mil milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelas famílias, tendo registado um crescimento de 0,8% face a novembro.

Os depósitos de particulares nos bancos ficam, assim, fixados num novo máximo histórico, o qual tinha sido registado no passado mês de novembro, quando o dinheiro depositado nos bancos atingiu os 160,2 mil milhões.

Empréstimos às famílias tocam máximos de 2015

No âmbito dos empréstimos concedidos a empresas e famílias, os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal mostram como estes também aumentaram. “Em dezembro de 2020, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 9,6%, mais 1,0 ponto percentual (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às grandes empresas, cuja tva aumentou 4,3 pp para 3,8%”, adianta o Banco de Portugal.

No caso dos empréstimos a particulares para fins de habitação, a taxa de variação anual foi de 2,3%, um aumento de 0,3 pontos percentuais face a novembro. De modo contrastante, é no crédito ao consumo que se encontra a exceção, com a taxa de variação anual a ter descido 1,2 pontos percentuais face a novembro, atingindo os 0,5%.

O total de empréstimos a particulares atingiu assim, uma vez mais, aquele que é o seu valor mais elevado desde setembro de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês das festividades natalícias, para os 120.751,4 milhões de euros, mais 335,9 milhões de euros em comparação com novembro.

Deste total, a parte mais expressiva destina-se a fins de habitação (95.041 milhões de euros). Os bancos têm ainda concedidos 19.166 milhões de euros respeitantes a créditos ao consumo e outros 6.544,4 milhões de euros aplicados noutras finalidades.

(Notícia atualizada às 11h39).

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