Dados negativos do mercado laboral penalizam Wall Street

As bolsas norte-americanas desvalorizam depois de se saber que o setor privado empregou menos trabalhadores do que o esperado em fevereiro. Juros da dívida voltam a subir e contribuem para a queda.

Os futuros sinalizavam uma abertura em alta, mas a realidade trocou as voltas aos investidores. Os três principiais índices de Wall Street arrancaram a negociar no “vermelho”, reagindo à informação de que o setor privado empregou menos trabalhadores do que o esperado em fevereiro.

O S&P 500 cai 0,13%, para 3.865,3 pontos; o industrial Dow Jones recua 0,09%, para 31.362,42 pontos; o tecnológico Nasdaq cai 0,13%, para 13.341,83 pontos. O mercado de ações está também pressionado por uma nova subida nas yields da dívida soberana, numa altura em que os juros das obrigações dos EUA a 10 anos avançam 5,4 pontos base, para 1,469%.

Os receios em torno da inflação e as perspetivas de recuperação económica no segundo semestre têm levado os investidores a venderem ações dos setores que mais cresceram com a pandemia, assim como todo o tipo de ativos de dívida. Isto porque a subida dos juros penaliza os rendimentos das obrigações.

Os títulos da Amazon perdem 0,47%, enquanto a Apple recua 0,24%. As ações da plataforma Zoom corrigem dos fortes ganhos da sessão anterior, perdendo 1,02%, à medida que os investidores vão aproveitando a subida para realizarem mais-valias. Ainda na tecnologia, a gigante Microsoft desvaloriza 1,01%, pressionando os índices.

Em contrapartida, a aposta é mais forte nos setores que deverão beneficiar da recuperação da economia. É o caso do setor dos cruzeiros: a Carnival Corp avança mais de 5%, enquanto a Norwegian Cruise Line valoriza 4,11%.

No mercado das matérias-primas, o barril de petróleo volta a estar mais caro face ao esperado aumento da procura. O WTI negoceia a 60,87 dólares, um avanço de 1,87%; o Brent, referência para as importações portuguesas, soma 1,64%, para 63,73 dólares.

Nas divisas, o euro recua 0,28% face ao dólar, para 1,2056 dólares, enquanto no mercado de criptomoedas, a bitcoin ganha 3,82%, para 50.792,9 dólares cada unidade.

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