Perda de quase 2% do BCP pressiona bolsa de Lisboa

Banco liderado por Miguel Maya volta a exercer pressão sobre a bolsa. A Galp Energia reage em alta ao anúncio da OPEP+ e ajuda a contrariar.

O BCP está novamente a exercer pressão sobre a bolsa de Lisboa. O banco liderado por Miguel Maya cai 1,9% para 0,1146 euros por ação em linha com as perdas do setor financeiro na Europa e no dia em que o ECO noticia um agravamento das comissões cobradas. Poucos minutos depois do arranque no verde, PSI-20 cedeu e caiu para terreno negativo: desliza 0,2% para 4.640,91 pontos.

Além do banco, está também a exercer pressão a EDP Renováveis, que cede 1,35% para 16,14 euros por ação, mantendo a tendência negativa que vive desde o aumento de capital. As industriais do setor do papel e pasta de papel Altri, Navigator e Semapa desvalorizam entre 0,9% e 0,7%.

Por outro lado, a Galp Energia está a permitir a limitar as perdas da bolsa de Lisboa. Após ter sido surpreendido pelos produtores, o mercado petrolífero segue em alta e ajuda a petrolífera portuguesa, que valoriza 1% para 10,085 euros.

Os membros da Organização dos Países da Exportadores de Petróleo e aliados conhecidos como OPEP+ decidiram esta quinta-feira manter a produção inalterada, surpreendendo o mercado, que esperava um aumento na produção na ordem dos 1,5 milhões de barris diários. Em resultado, o brent de referência europeia sobe 1,7% para 67,86 dólares por barril e o crude WTI ganha 1,6% para 64,83 dólares.

Além da Galp Energia, também a Jerónimo Martins (+0,4%), a EDP (+0,5%) ou a Nos (0,07%) seguem em alta e contrariam o sentimento negativo, que não é exclusivo de Lisboa, mas generalizado aos mercados acionistas de todo o mundo.

O presidente da Reserva Federal norte-americana Jerome Powell disse na quinta-feira que está atento ao aumento das taxas de juro na dívida de longo-prazo, mas garantiu que o banco central não está a tentar controlar a curva das yields. As declarações não foram suficientes para apaziguar os receios face à subida dos juros da dívida e tanto Wall Street como as bolsas asiáticas reagem em conformidade.

No arranque da sessão desta sexta-feira, o índice europeu Stoxx 600 cai 0,6%, arrastado pela tecnologia e pelo setor de turismo e lazer, tendo apenas o oil and gas como excesso em terreno positivo. O francês CAC 40 também desce 0,6%, enquanto o britânico FTSE 100 e o alemão DAX recuam 0,6% e o espanhol IBEX 35 desliza 0,4%.

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