80% dos profissionais de saúde dos privados na linha da frente da Covid já tomaram uma dose da vacina
Óscar Gaspar revelou que 80% dos profissionais de saúde dos hospitais privados considerados prioritários já tomaram, pelo menos, uma dose da vacina contra a Covid-19.
O presidente da Associação dos Profissionais da Hospitalização Privada (APHP) considera que o plano de vacinação contra a Covid-19 tem decorrido com “altos e baixos”. Contudo, Óscar Gaspar adianta que cerca de 80% dos profissionais de saúde dos hospitais privados considerados prioritários já tomaram, pelo menos, uma dose da vacina.
“Não tenho o número exato, mas há data de hoje [quinta-feira, 18 de março] 80% dos profissionais de saúde do privados ditos prioritários já estão vacinados” com uma dose da vacina, disse Óscar Gaspar, na conferência de imprensa desta quinta-feira sobre a “A Hospitalização Privada em 2020”.
Para o responsável o processo de vacinação contra a Covid-19 tem decorrido com “altos e baixos”, mas sublinha que nos últimos tempos “tem entrado numa normalização”.
2020, um ano “anormal”. Privados estiveram “à altura”
Apesar de considerar que 2020 foi um ano ” difícil” e “anormal” dado que a pandemia colocou “uma pressão imensa sobre os cuidados de saúde”, Óscar Gaspar considera que “os hospitais privados estiveram à altura dos desafios”, nomeadamente ao apoiar o SNS “quando foi necessário”, bem como a apoiar a atividade assistencial dos doentes. Segundo o balanço da APHP, no ano passado os hospitais privados realizaram mais de 6 milhões e 256 mil consultas, atenderam 820.470 episódios de urgência e realizaram 167.809 cirurgias (cerca de 400 por dia), das quais mais de 15 mil “foram realizadas nos hospitais privados de doentes que vinham do SNS”.
“Estes números consolidam esta ideia de que se 2020 nos colocou à prova, estivemos onde era necessário”, apontou o presidente desta associação, acrescentando que “não houve qualquer concorrência” com os hospitais públicos e que “os hospitais privados concorrem entre si”.
Ainda assim, Óscar Gaspar considera que o balanço do ano relativamente à cooperação com o SNS “ficou aquém do que era possível e do que os privados poderiam dispor ao serviço dos portugueses”. “Tínhamos mais capacidade”, afirma, acrescentando que uma das “lições” que se deve tirar da pandemia é que as instituições devem “trabalhar ombro a ombro quando as necessidades de saúde dos portugueses assim o obrigam”. “Não é tempo de olhar cada um para a sua trincheira”, avisa.
Privados com “recuperação muito significativa” de atividade assistencial
E se a pandemia afetou fortemente a atividade assistencial nos hospitais, quer público quer no privado, o presidente da APHP assegura que se está a verificar “uma recuperação muito significativa”, ao nível de diagnósticos, cirurgias e hospitalizações. “Em termos de cirurgias e especialidade os portugueses voltaram aos hospitais e para isso tem contado muito a intervenção da Ordem dos Médicos”, destaca.
Quanto aos episódios de urgência, os números “ainda são muito reduzidos”. “Os portugueses deixaram de ir às urgências com bastante frequência”, Aponta o responsável, acrescentando que se antes da pandemia os utentes “recorreriam às urgências quando não tinham um problema de urgência”, com a pandemia “os cidadãos que têm problemas de saúde bastante complicados, por algum receio, acabaram por não ir às urgências em tempo devido, e isso tem tido reflexos na sua qualidade de saúde”, sublinha.
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