Economia mantém “queda acentuada” na segunda semana de março
Na segunda semana de março, a atividade económica "uma queda homóloga próxima da observada na semana anterior", após já ter registado uma deterioração nas duas últimas semanas.
O indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal aponta para uma estabilização da economia portuguesa na segunda semana de março. Após de uma “queda mais acentuada” na primeira semana de março, em relação à última de fevereiro, os dados indicam que a quebra da atividade económica manteve-se no mesmo nível com o aproximar do desconfinamento.
“Na segunda semana de março, o indicador diário de atividade económica (DEI) apresentou uma queda homóloga próxima da observada na semana anterior“, revela o Banco de Portugal esta quinta-feira.
Após o forte impacto do confinamento decretado a meio de janeiro, os dados indicavam que a economia aliviou durante as primeiras semanas de fevereiro, mantendo-se, no entanto, em terreno negativo. Contudo, esta tendência de alívio inverteu-se no final de fevereiro e a degradação continuou no início de março, tendo agora estabilizado.
Como mostra o gráfico do Banco de Portugal, o indicador de atividade económica piorou de tal forma na última semana de fevereiro e na primeira semana de março que registou uma contração da economia maior do que a registada no início deste segundo confinamento (segunda quinzena de janeiro). Na segunda semana de março, a curva estabilizou.
Atividade económica estabilizou na segunda semana de março
Apesar de diário, o DEI é apenas publicado à quinta-feira, com dados até ao domingo anterior. Com efeito, a 14 de março, o último dia para o qual foi apurado o DEI, a queda homóloga do indicador foi de 12,6%. Quando à média móvel semanal, o último valor é o de 11 de março: uma contração homóloga de 11,1%, a qual supera os valores registados em janeiro (o máximo tinha sido -9,8%).
Apesar de a curva ter piorado no início de março, o gráfico com o histórico do indicador continua a mostrar que esta contração da economia nos primeiros três meses de 2021, provocada pelo segundo confinamento, é mais comparável com a do quarto trimestre do ano passado do que com a do segundo trimestre, período do primeiro confinamento.
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Este novo indicador divulgado este ano pelo banco central incorpora diversas séries de informação, como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas, o tráfego de correio nos aeroportos nacionais ou as compras efetuadas com cartões bancários. O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do DEI. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente.
A próxima divulgação do DEI está marcada para 25 de março. “Refira-se que os valores do DEI podem ser revistos devido a revisões da informação de base ou à incorporação de nova informação, em particular referente ao tráfego de veículos comerciais pesados e carga e correio desembarcados, que têm um desfasamento de divulgação superior”, ressalva o Banco de Portugal.
(Notícia atualizada às 12h25 com mais informação)
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