Restauração recebeu mais apoios do que todos os outros setores

Os dados da execução orçamental mostram que em janeiro e fevereiro a restauração recebeu mais apoios ao abrigo do programa Apoiar.pt do que todos os outros setores.

O setor da restauração recebeu 198,5 milhões de euros em janeiro e fevereiro, ao abrigo do Apoiar.pt, mais do que os 146,2 milhões de euros que foram canalizados para os outros setores abrangidos pelo programa. O valor da restauração supera também o montante gasto no lay-off simplificado. Estes dados constam da síntese de execução orçamental divulgada esta quinta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

No total, o Estado gastou 662,5 milhões de euros em apoios diretos às empresas e ao emprego em janeiro e fevereiro, período marcado pelo segundo confinamento e o respetivo impacto na atividade económica. A maior parte dessa verba (198,5 milhões) foram para apoios à restauração (que foi obrigada a fechar, operando só em entregas ao domicílio ou takeaway), ao abrigo do Apoiar.pt, seguindo-se os apoios aos outros setores (ginásios, teatros, alojamento, turismo, entre outros) com 146,2 milhões de euros. Houve ainda 19 milhões do Apoiar.pt para bolsas de formação e 3,7 milhões para o programa Adaptar.

A restante despesa foi canalizada diretamente para os apoios ao emprego. O Estado gastou 134,7 milhões de euros com o lay-off simplificado nos dois primeiros meses do ano, 115,9 milhões de euros com o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade (sucessor do lay-off) e 44,5 milhões com o incentivo à normalização.

Além de tentar preservar o emprego, o Estado apoiou os rendimentos dos cidadãos com 194 milhões através de várias medidas: 88,5 milhões para o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (a nova prestação criada pelo OE2021), 29,3 milhões para o isolamento profilático, 42,1 milhões para o subsídio de doença, 2,4 milhões para prestações por doenças profissionais, 6,7 milhões para o apoio excecional à família, 7,2 milhões para os subsídios de assistência a filho e a neto e 17,8 milhões para outros apoios de proteção social.

Por fim, o Estado gastou 175,4 milhões de euros a reforçar a resposta de saúde à Covid-19. O maior gasto foi com o equipamento de proteção individual (EPI), medicamentos e outros, com 52,4 milhões, seguindo-se os 44,3 milhões gastos em contratações, horas extraordinárias e outros abonos. O subsídio de risco atribuído aos profissionais de saúde só deverá constar das próximas sínteses de execução orçamental uma vez que só foi pago em março.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento (DGO).

Em janeiro e fevereiro, o Governo gastou 24,7 milhões com a testagem, 30 milhões para adquirir vacinas e 16 milhões para comprar doses de tratamento de remdesivir. Por fim, foram gastos oito milhões em equipamentos e outros.

“Os dados que se apresentam referem-se apenas às principais medidas com maior expressão nas Administrações Públicas, não sendo exaustivos”, explica a DGO na síntese.

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