Sistema de mobilidade do Mondego vai custar mais 13 milhões de euros
Alterações no projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego agravam custos em 13 milhões de euros. Investimento que se estende até 2024 ascende a 129,8 milhões de euros.
O Governo autorizou a reprogramação dos encargos plurianuais do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que ascendem agora a 129,8 milhões de euros. As alterações, que resultam de mudanças no interface modal, levam a um acréscimo de 13 milhões de euros nos custos da obra, de segundo um despacho do Governo publicado esta sexta-feira em Diário da República.
A construção do interface do Sistema de Mobilidade do Mondego na Estação de Coimbra B conduzirá a uma intervenção mais robusta do que o previsto nas obras da Linha do Norte. E o Governo decidiu estender a Linha do Hospital ao Hospital Pediátrico, o que não estava previsto no projeto inicial, sendo assim necessário alterar a estimativa orçamental e a respetiva autorização da despesa associada.
Em ambas as versões, a primeira fase da obra vai custar 26,6 milhões de euros (mais IVA), mas agora passou a ser feita ao longo de quatro anos e não três. Em 2019 e 2020 já foram gastos 1,5 milhões de euros, estando a fatia maior do investimento prevista para este ano (24,4 milhões). Este montante servirá para modernizar a Estação de Coimbra B um procedimento que decorrerá ao mesmo tempo que é feita a empreitada relativa ao troço Portagem-Coimbra B, “tendo em conta as vantagens ao nível dos custos e do faseamento construtivo”, explica a resolução.
A segunda fase custava 58,4 milhões de euros, mas com as alterações do projeto passou para 71,4 milhões (mais IVA). A modernização do troço Alfarelos/Pampilhosa e as intervenções de caráter ferroviário para criar um interface intermodal estruturado entre os vários meios de transporte público será feita em cinco anos (2020/2024) e não quatro como inicialmente previsto (2020/2023). Neste caso a fatia de leão será investida em 2022 (37 milhões de euros).
Estes encargos financeiros “são assegurados por fundos europeus estruturais e de investimento”. E a comparticipação nacional é assegurada através do orçamento da IP, no montante máximo 38 milhões e não pode ser superior a 38,78% do investimento total contratualizado.
Através desta Resolução o Executivo autoriza também a IP “a assumir os encargos plurianuais e a realizar a despesa necessária à intervenção de modernização da Estação de Coimbra B, relativa à empreitada e à respetiva fiscalização, que inclui a coordenação de segurança em obra”, até ao montante global de 29,5 milhões de euros (mais IVA) desde que haja luz verde para financiamento europeu “após aprovação da reprogramação da candidatura” e um financiamento nacional de 12,5 milhões de euros, sendo que esta taxa de comparticipação “não pode ser superior a 42,57% do investimento total contratualizado”.
Bruxelas deu luz verde em janeiro deste ano para que o Sistema de Mobilidade do Mondego seja financiado em 60 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, uma possibilidade que passou a existir depois de a Comissão Europeia ter aceitado a reprogramação do Portugal 2020 em dezembro de 2018.
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