Rendas caíram 1,5% no Porto e mais de 4% em Lisboa. Veja os preços por freguesia
As rendas subiram 5,5% em 2020, mas os efeitos da pandemia são notórios. No Porto e em Lisboa, a maioria das freguesias viu as rendas caírem, com as descidas a chegarem aos 14%.
Nem a pandemia impediu as rendas de continuarem a subir no ano passado, contudo, o aumento foi de apenas metade do observado em 2019. Arrendar uma casa em 2020 ficou 5,5% mais caro, com o metro quadrado a custar 5,61 euros. Contudo, numa análise mais fina, os impactos da crise são ainda mais notórios, com as duas principais cidades do país a assistirem a quebras que chegam aos 14%.
Apesar de ter havido uma subida das rendas a nível nacional, os dados regionais mostram bastante descidas nos valores cobrados no arrendamento. E é nas grandes cidades que se encontram variações negativas expressivas.
Em Lisboa, o metro quadrado do arrendamento fixou-se nos 11,46 euros em 2020, tendo descido 4,2% face a 2019. Há freguesias onde os preços são bem mais elevados, mas também onde os preços caíram acentuadamente, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Santo António e Misericórdia continuam com a taça de freguesias mais caras da capital. Na primeira, arrendar uma casa custa, em média, 13,83 euros por metro quadrado. Mas os preços desceram 2,9%. Na segunda, a renda média está nos 13,4 euros, equivalente a uma descida de 7,5%. No lado oposto, Santa Clara e Marvila apresentam-se como as mais baratas para arrendar casa: 7,95 euros (-9,9%) e 10 euros (-7,9%) por metro quadrado.
Vejamos um exemplo. Arrendar um T2 com 70 metros quadrados em Santo António poderia custar 968 euros por mês, enquanto o mesmo T2 em Santa Clara custaria 557 euros.
Assim como estas quatro freguesias, houve mais 20 a registarem descidas na renda. As maiores quedas aconteceram em Campo de Ourique (-13,9% para 12,03 euros) e na Estrela (-13,1% para 12,17 euros), mas isso também pode ser explicado pelo baixo número de novos contratos de arrendamento. Pelo contrário, Penha de França e Beato foram as únicas freguesias que viram as rendas subirem: 5% para 11,11 euros e 3,5% para 10,64 euros, respetivamente.
Campanhã viu preços subirem 4,4%. Mas continua a mais barata
Na cidade do Porto, onde as rendas desceram 1,5% para 8,83 euros o metro quadrado, também há freguesias cujos preços ultrapassam a média nacional, mas onde também desceram de forma acentuada. A União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde continua no topo das mais caras, com um preço de 9,5 euros o metro quadrado, equivalente a uma descida de 4,9% face a 2019, diz o INE.
Imediatamente atrás aparece a União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, com uma renda média de 9,4 euros (-2,9%) e a União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, com um preço de 9,33 euros (-1,2%).
Contudo, o destaque da Invicta vai para a freguesia mais barata, Campanhã, que foi uma das únicas duas freguesias que viram os preços subir. Em Campanha, o aumento foi de 4,4% para 7,54 euros, continuado a zona mais barata para arrendar casa. Também Ramalde viu as rendas subirem: 3,5% para 8,09 euros por metro quadrado.
Vejamos um exemplo. Arrendar um T2 com 70 metros quadrados na União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde poderia custar 665 euros por mês, enquanto o mesmo T2 em Campanhã custaria 528 euros.
Em termos de evolução, a União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e a União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória observaram as maiores descidas das rendas: -4,9% e -2,9%, respetivamente.
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