Um terço das empresas de telemedicina e saúde digital desconhece seguros de que precisa
Um estudo realizado junto de centenas de líderes da saúde digital, na América do Norte, Ásia e Europa, revela os riscos que afetam o setor, padrões de aquisição de seguros e fosso de proteção atual.
As seguradoras e a intermediação têm muito trabalho para desenvolver junto das empresas que operam em serviços digitais de saúde e bem-estar, um setor em rápido crescimento e que requer coberturas mais especializadas para satisfazer requisitos de risco específicos, sugere um relatório divulgado pela Beazley Plc.
O estudo “Spotlight on digital health and wellness”, encomendado pela seguradora de riscos especiais, recolheu e analisou informação sobre atitudes e comportamentos entre líderes empresariais em saúde e bem-estar digital relativamente a risco e seguros na América do Norte, Ásia e Europa, além de focar outros temas como a comunicação da indústria seguradora com o setor e o crescimento sustentável dos serviços digitais.
Através de inquéritos a mais de 350 executivos de empresas de telemedicina e serviços conexos (saúde e bem estar) e aos que se encontram na vanguarda de subsetores mais recentes como a saúde móvel, plataformas de software de saúde e tecnologia das ciências da vida. Os autores do estudo concluíram que, apesar de amplo otimismo e do capital aplicado no setor, “muitas destas empresas ainda se encontram em situação de subseguro, expostas a riscos de danos financeiros e de reputação”.
“Os líderes digitais de saúde e bem-estar querem que a nossa indústria melhore a forma como comunicamos, partilhamos conhecimentos e colaboramos para lhes proporcionar coberturas mais apropriadas e eficazes“, afirmou Jennifer Schoenthal, Global Virtual Care Product Leader na Beazley, citada num comunicado.
Face ao cenário proporcionado pela pesquisa, a seguradora conclui que faltam seguros especializados adequados à proteção de riscos específicos no setor da telemedicina e serviços digitais na área de saúde.
Além dos riscos para a saúde física (que podem ser causados pela perda ou falsificação de dados), somam-se as falhas nos sistemas de informação e violação de segurança cibernética que podem conduzir a diagnósticos errados ou tratamentos inadequados ou sem resultados eficazes.
Embora 89% dos inquiridos no estudo considerassem que o setor apresenta risco relativamente alto, o relatório também revela elevado grau de otimismo, com 90% das empresas a perspetivarem crescimento em 2021, enquanto 85% dos dirigentes mostravam-se confiantes de conhecerem as coberturas de seguro de que necessitavam, 70% estavam cobertos apenas por um ou dois dos riscos inventariados. No entanto:
- Mais de dois terços não tinham cobertura de seguro para reclamações por danos corporais resultantes de falha dos sistemas ou violação cibernética;
- 36% disseram ter lutado para encontrar um seguro que fosse adequado para o seu negócio;
- 33% não sabiam que tipos de risco precisavam de ser cobertos;
- Outro terço reconheceu precisar mais informação sobre riscos para os quais necessitavam de cobertura
“Há uma enorme oportunidade para os corretores e seguradoras prestarem atenção a estas mensagens. Em particular, precisamos de trabalhar em conjunto para construir soluções holísticas de seguros que se concentrem mais nos riscos integrados que estes clientes enfrentam para os ajudar a evitar lacunas nas suas coberturas,” complementou Jennifer Schoenthal.
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