Insolvências aumentaram 33% entre janeiro e março atingindo o valor mais alto em três anos
Só em março insolvências aumentaram mais de 66% face ao período homólogo. Já as constituições diminuíram no primeiro trimestre (-17,8%), mas aumentaram no mês de março (+36,5%).
Entre janeiro e março de 2021 foram registadas 1.579 insolvências, mais 33% que no mesmo período do ano passado, refere a Iberinform, filial da Crédito y Caución, em comunicado. Só em março insolvências aumentaram mais de 66% face ao período homólogo.
As 1.579 insolvências registadas no primeiro trimestre correspondem ao valor mais alto dos últimos três anos. Só em março foram registadas 560, mais 66,7% que no período homólogo. Segundo a Iberinform, este grande aumento deve-se, em parte, ao encerramento dos processos de insolvência. Porém, a empresa avisa que, em março do ano passado Portugal iniciava o seu primeiro confinamento devido à pandemia de Covid-19, “facto que condiciona a análise comparativa dos dados mensais”.
Foi em Lisboa e no Porto que se verificou o maior número de insolvências. Face ao primeiro trimestre de 2020 em Lisboa houve mais 359 insolvências (+52,8%) e no Porto mais 388 (+28,5%). No entanto, o maior valor percentual foi verificado em Vila Real (+ 325%).
Por outro lado, as insolvências decresceram em cinco distritos: Bragança (-57,1%), Faro (-23,2%), Évora (-16,7%), Santarém (-13,5%) e Leiria (-9,8%).
Quase todos os setores de atividade viram um maior número de insolvências nos primeiros três meses de 2021, face ao período homólogo, exceto agricultura, caça e eesca (-6,95%) e na indústria extrativa que se apresentou estável. Os outros setores registaram aumentos percentuais muito variados: “eletricidade, gás, água (+200%), telecomunicações (+200%), hotelaria e restauração (+124,4%), comércio de veículo (+74,2%), comércio por grosso (+29,8%), outros serviços (+28,5%), construção e obras públicas (+28,2%), comércio a retalho (+23,2%), indústria transformadora (+20,5%) e transportes (+12,7%)”.
Quanto às constituições, estas diminuíram no primeiro trimestre (-17,8%), mas aumentaram no mês de março (+36,5%).
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