Rio convoca Comissão Permanente para sábado para analisar decisão da Operação Marquês
Rui Rio convocou para sábado uma reunião da Comissão Permanente do partido para analisar a decisão instrutória da Operação Marquês.
O presidente do PSD, Rui Rio, convocou para sábado uma reunião da Comissão Permanente do partido para analisar a decisão instrutória da Operação Marquês, conhecida esta sexta-feira, disse à Lusa fonte oficial social-democrata.
De acordo com a mesma fonte, a reunião do ‘núcleo duro’ da direção do PSD vai realizar-se ao final da tarde de sábado, por videoconferência, não estando ainda definido quando é que o partido se irá pronunciar publicamente sobre a decisão do juiz Ivo Rosa. Compõem a Comissão Permanente do PSD o presidente do partido, os seis ‘vices’, o líder parlamentar e o secretário-geral.
Dos 189 crimes que constavam na acusação da Operação Marquês, só 17 vão a julgamento, distribuídos por cinco dos 28 arguidos, segundo a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa. O procurador do Ministério Público Rosário Teixeira já anunciou que vai recorrer da decisão instrutória da Operação Marquês, que decidiu não levar a julgamento por corrupção nenhum dos arguidos, incluindo o antigo primeiro-ministro José Sócrates.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva foram ambos pronunciados por três crimes de branqueamento de capitais e três crimes de falsificação de documentos. O antigo primeiro-ministro José Sócrates não foi pronunciado pelos três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político de que estava acusado (relacionados com o grupo Lena, a Portugal Telecom e o empreendimento de Vale do Lobo), que o juiz considerou prescritos.
Ivo Rosa considerou, por outro lado, existirem indícios da prática pelo antigo governante do crime de “corrupção passiva sem demonstração de ato concreto”, mas considerou-o igualmente prescrito.
Em causa, estão verbas de 1,72 milhões de euros entregues pelo empresário Carlos Santos Silva a Sócrates, que, segundo a decisão instrutória lida esta sexta-feira pelo juiz Ivo Rosa no Campus da Justiça, em Lisboa, não configuram o crime de corrupção, por estar prescrito, mas implicam três crimes de branqueamento de capitais.
O juiz de instrução criminal Ivo Rosa decidiu ainda mandar para julgamento o ex-ministro Armando Vara, por um crime de branqueamento de capitais, o ex-presidente do Grupo Espírito Santo Ricardo Salgado, por três crimes de abuso de confiança, e o ex-motorista de Sócrates João Perna, por detenção de arma proibida.
José Sócrates foi detido em novembro de 2014. O despacho de acusação ao antigo primeiro-ministro e mais 27 arguidos foi conhecido em outubro de 2017.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Rio convoca Comissão Permanente para sábado para analisar decisão da Operação Marquês
{{ noCommentsLabel }}