Atlético, Inter e AC Milan também deixam a Superliga. Restam três clubes

  • Lusa
  • 21 Abril 2021

Atlético de Madrid, Inter Milão e AC Milan abandonaram o projeto da criação de uma Superliga europeia de futebol, juntando-se a seis clubes ingleses nesta decisão de não seguir em frente com a prova.

O Atlético de Madrid, o Inter Milão e o AC Milan abandonaram esta quarta-feira o projeto da criação de uma Superliga europeia de futebol, juntando-se a seis clubes ingleses nesta decisão de não seguir em frente com a prova. Restam três clubes que continuam comprometidos com o projeto: Real Madrid, Barcelona e Juventus. O clube italiano de Ronaldo, porém, já veio dizer que o projeto já não avançará como foi inicialmente desenhado.

“O Conselho de Administração do Atlético de Madrid, reunido esta quarta-feira de manhã, decidiu comunicar formalmente à Superliga e ao resto dos clubes fundadores a sua decisão de não formalizar a sua adesão ao projeto“, lê-se num comunicado dos colchoneros.

O clube espanhol diz que tomou a decisão de se juntar ao projeto “atendendo a circunstâncias que hoje não existem”, considerando que, para o Atlético de Madrid, “é essencial que haja harmonia entre todos os elementos que integram a família rojiblanca“, em especial com os adeptos.

“O plantel da primeira equipa e o seu treinador mostraram a sua satisfação pela decisão do clube, entendendo que os méritos desportivos devem estar acima de qualquer outro critério”, lê-se no comunicado da equipa de João Félix.

Também o Inter Milão confirmou que o clube já não faz parte do projeto de Superliga, embora reconheça que o clube está “sempre empenhado em proporcionar aos adeptos a melhor experiência futebolística”.

O Inter “acredita que o futebol, como qualquer setor de atividade, deve ter interesse em melhorar constantemente as suas competições, de forma a continuar a entusiasmar adeptos de todas as idades em todo o mundo”, pelo que vai continuar a “trabalhar com instituições e todas as partes interessadas para o futuro” do futebol.

Ao início da tarde, juntou-se o AC Milan. “Aceitámos o convite para participar no projeto da Superliga com a intenção genuína de dar aos adeptos de futebol a melhor competição europeia possível. (…) Contudo, as vozes e preocupações dos adeptos em todo o mundo expressaram-se claramente sobre a Superliga e o AC Milan deve ser sensível à voz daqueles que amam este maravilhoso desporto”, informou o clube milanês em comunicado.

Na terça-feira, os ingleses Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham e Liverpool tinham anunciado a sua saída da Superliga.

Presidente da Juventus admite que projeto não tem condições para avançar

O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, admitiu que o projeto da Superliga Europeia de futebol, não pode continuar com cinco ou seis equipas, em declarações à agência Reuters.

“Para ser franco e honesto, não”, disse o dirigente, que manteve algumas dúvidas para o futuro e quando seis dos clubes ingleses que integravam o grupo de 12 fundadores da anunciada competição, abandonaram o projeto.

Agnelli, que falou antes de ter sido também oficializada a saída de Atlético de Madrid e Inter de Milão, disse à Reuters estar convicto da importância que a Superliga teria, mas admitiu que nas atuais circunstâncias o projeto não tenha condições para avançar.

“Continuo convicto da beleza do projeto, do valor que poderia ter dado à pirâmide, da criação da melhor competição do mundo. Mas admito que não seja assim. Agora não acredito que o projeto esteja pronto para avançar”, considerou.

O dirigente na segunda-feira tinha dito que existia um “pacto de sangue” entre os 12 clubes fundadores para que a competição fosse uma realidade.

“Há um pacto de sangue entre os nossos clubes, a Superliga tem 100% de probabilidades de sucesso, vamos seguir em frente”, disse.

Entretanto, em comunicado, a Juventus disse que, “embora permaneça convicta da validade dos pressupostos desportivos, comerciais e jurídicos do projeto, considera que atualmente este tem possibilidades limitadas de ser concluído na forma em que foi inicialmente concebido“.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram no domingo a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

Entretanto, a UEFA avisou que iria excluir todos os clubes que integrassem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

No projeto, menos de 48 horas após o anúncio da sua criação, mantêm-se o Real Madrid, FC Barcelona e Juventus.

(Notícia atualizada às 14h39 com comunicado oficial da Juventus)

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