Entrámos na fase da “vacinação rápida”. Maiores de 60 vão ter pelo menos uma dose até fim de maio, diz Temido

Portugal prepara-se para ter uma maior disponibilidade de vacinas, pelo que o país vai entrar numa "fase de vacinação rápida". Maiores de 60 anos vão receber uma dose da vacina até final de maio.

A diretora-geral da Saúde afirma que Portugal se prepara para ter uma maior disponibilidade de vacinas, pelo que o país vai entrar numa “fase de vacinação rápida”. Ao mesmo tempo, Marta Temido adianta que os todos portugueses com mais de 60 anos vão receber, pelo menos, uma dose até “ao final de maio”.

“Vamos entrar numa fase de maior disponibilidade de vacinas”, disse a ministra da Saúde esta quarta-feira, em conferência de imprensa, transmitidas pelas televisões. Marta Temido reconheceu que o país enfrentou “um problema de escassez de vacina”, bem como alguns imprevistos, mas que a situação vai agora reverter-se. “O maior desafio agora é o da fluidez e da celeridade do processo de vacinação”, disse, destacando que “o processo de agendamento” e “a capacidade dos centros de vacinação realizarem a sua missão” vai ser determinantes para esta nova fase.

Também a diretora-geral da Saúde sinalizou que Portugal vai entrar num processo de “vacinação rápida”, que vai ocorrer através de “faixas etárias decrescentes”. “Entraremos na fase da abundância. E isso permite-nos alterar as propostas”, apontou, acrescentando que vai começar pela faixa dos 70 aos 79 e depois dos 60 aos 69.

Neste contexto, o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 reitera que o objetivo passa por conseguir vacinar 100 mil pessoas por dias, sete dias por semanas. “Não será uma tarefa fácil”, admite. Ao mesmo tempo, a ministra da Saúde garantiu que “até ao final de maio ou ate à terceira semana de maio todas as pessoas com mais de 60 anos” vão estar vacinadas com, pelo menos, uma dose da vacina. Este compromisso já tinha sido assumido por António Costa.

Outra das grandes alterações do plano de vacinação diz respeito a uma ligeira alteração aos grupos prioritários considerados nesta segunda fase do plano. Nesta fase, estão agora incluídas doenças oncológicas ativas, pessoas em situação de transplantação, imunossupressão e algumas doenças neurológicas e mentais.

Além disso, vão também começar a ser vacinados as pessoas que estiveram infetadas com Covid-19 “há mais de seis meses”, sendo que nestes casos a lógica de administração de vacina também vai seguir o critério de faixa etária decrescente e, nestes casos, os utentes tomarão apenas uma dose da vacina, dado que já têm alguma imunidade ao vírus.

Ao mesmo tempo, para esta segunda fase do plano de vacinação está a ser preparado um método alternativo de agendamento de vacinas que vai permitir o auto-agendamento da vacinação por parte dos utentes através de uma plataforma online. “Estimamos que para a semana o auto-agendamento esteja disponível”, disse Marta Temido. Até agora, os centros de saúde estão a contactar os utentes preferencialmente por SMS, uu por chamada telefónica (quando acharem necessário ou não houver resposta ao SMS) ou por carta (quando não existirem contactos telefónicos disponíveis).

Num balanço relativamente ao plano de vacinação, a ministra da Saúde disse que agora tinham chegado a Portugal 2,9 milhões de vacinas, sendo que deste total acrescem ainda as 31.200 doses que estão em “stand-by” da Janssen. Deste total, já foram administradas cerca de 2,7 milhões de vacinas, o que permitiu que 20% da população portuguesa já tivesse “alguma imunidade” ao vírus.

(Notícia atualizada às 12h50)

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