Vai receber a vacina da AstraZeneca ou da Janssen? Estes são os sintomas a que deve estar atento

  • ECO
  • 21 Abril 2021

O regulador europeu admitiu que existe uma possível ligação entre a formulação de coágulos sanguíneos e a administração das vacinas da Astra e da Janssen. Veja os sintomas a que deve estar atento.

Nos últimos dias, as vacinas da AstraZeneca e da Janssen têm estado “debaixo de fogo”, após a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) ter admitido que existe uma possível ligação entre a formulação de coágulos sanguíneos e administração destes fármacos. Contudo, o regulador europeu reitera que os casos são “muito raros” e sublinha que os benefícios continuam a superar os riscos. Mas, afinal, que sintomas deve estar atento se receber cada uma destas vacinas?

Até 22 de Março, o regulador europeu tinha conhecimento de 62 episódios de tromboses venosas no seio cavernoso cerebral e 24 casos raros de tromboses na zona abdominal associados à vacina da AstraZeneca, em 25 milhões de vacinados. Deste total, 18 foram fatais, sendo que a maior parte dos casos ocorreu em mulheres com menos de 60 anos e até duas semanas após a vacinação.

Ao passo que na vacina da Janssen, farmacêutica do Johnson & Johnson, os casos reportados são consideravelmente menores, já que a vacina ainda não está a ser administrada na Europa. Assim, para chegar a esta conclusão, a EMA baseou-se nos oito casos reportados nos EUA de pessoas que desenvolveram coágulos sanguíneos em quase sete milhões de pessoas vacinadas do outro lado do Atlântico. Estes casos dizem respeito a mulheres com idades entre 18 e 49 anos, um dos quais fatais, e foram reportados cerca de três semanas, após serem vacinadas.

Neste contexto, no parecer divulgado na terça-feira sobre a Janssen, o regulador do medicamento europeu referiu que os casos analisados “eram muito semelhantes” aos detetados com a vacina da AstraZeneca, pelo que reitera que “a combinação de coágulos sanguíneos e um baixo nível de plaquetas é muito raro” e que “os benefícios gerais” da administração de ambas as vacinas contra a Covid-19 “superam os riscos associados aos efeitos secundários”.

Nesse sentido, a EMA disse que estas duas vacinas terão apenas que passar a incluir a informação sobre a possibilidade de desenvolvimento destes efeitos adversos, deixando ao critério de cada Estado-membro recomendar ou não a administração destas vacinas a uma faixa etária específica (decisão tomada por Portugal, por exemplo, na vacina da AstraZeneca).

Não obstante o regulador apelou a que os profissionais de saúde e as pessoas vacinadas se mantenham atentas aos seguintes sintomas entre duas semanas a três semanas da vacinação (dependendo da vacina):

  • falta de ar;
  • dor no peito; inchaço na perna;
  • dor abdominal persistente (barriga);
  • sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva;
  • pequenas pontos de sangue na pele no local onde foi dada a injeção.

De sublinhar que estas reações são muito pouco frequentes, contudo, e tal como acontece com qualquer outra reação adversa associada a qualquer medicamento ou vacina, em Portugal estas reações devem ser notificadas no Portal RAM para serem monitorizadas. Em caso de persistência, as autoridades de saúde nacionais aconselham a contactar o seu médico ou a linha SNS 24.

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