PSD critica decisões sobre TAP “em prejuízo dos portugueses”. PS diz que setor “não podia atravessar crise sem ajuda pública”
O PSD defende que tem sido demonstrada a "incapacidade, incompetência e impreparação do Governo" para lidar com a companhia aérea nacional.
O PSD defende que “todas as decisões que têm sido tomadas em relação à TAP têm sido em prejuízo dos portugueses”. Depois de serem conhecidos os resultados da companhia aérea nacional, o partido sublinha que o Governo não está a assegurar que a empresa “não se tornará mais um sorvedouro de recursos públicos”. Já PS sublinha que o “setor da aviação não podia atravessar a crise sem forte ajuda pública”.
O Governo tem demonstrado ser “incapaz de tratar dos assuntos da TAP, penalizando contribuintes portugueses sem oferecer garantias indispensáveis para assegurar que a empresa não se tornará mais um sorvedouro de recursos públicos, que represente um aumento de impostos e se repercuta de forma dramática na vida dos portugueses”, reiterou Cristóvão Norte, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.
O partido diz que o Governo “tem de garantir aos portugueses que o dinheiro é bem aplicado”, reiterando que “todas as decisões que têm sido tomadas” nesta matéria “têm sido em prejuízo dos portugueses”. “Qualquer compromisso que Governo tem assumido em relação à TAP tem sido incumprido”, atira o deputado social-democrata.
Para o PSD, tem existido “incapacidade, incompetência e impreparação do Governo para tratar um dos dossiers públicos mais relevantes, que neste momento se afirma como causando danos às finanças públicas e motivando desconfiança dos portugueses em relação à preparação” do Executivo, disse Cristóvão Norte.
A TAP revelou esta quinta-feira que perdeu mais de 1.200 milhões de euros em ano de pandemia. Os resultados são os mais negativos de sempre para a empresa, que na última década teve lucros apenas num ano. Apesar dos cortes de custos (incluindo os associados ao plano de reestruturação), as contas de 2020 foram especialmente penalizadas pela Covid-19 que levou a uma forte quebra nos passageiros e na carga transportados.
O deputado social-democrata admite que a circunstância da pandemia não é menor, sendo que “obviamente TAP sofreria sempre prejuízos avultados”. No entanto, aponta que estes se “somam a prejuízos crónicos que TAP vem tendo”, bem como às circunstâncias decorrentes da decisão do Governo em 2016.
Já o PS, em resposta, reiterou que o “gostava de saber qual é a proposta do PSD”. “Um ano depois da pandemia ouvimos muitas críticas mas não sabemos o que PSD defende”, apontou Hugo Costa, no Parlamento. O deputado socialista apontou que “a TAP está com plano de restruturação que está na Comissão Europeia, que prevê medidas naturalmente duras mas que foram consensualizadas com sindicatos”.
“Em toda Europa os países responderam à crise pandémica no setor da aviação com ajudas do Estado”, sublinhou o deputado do PS, apontando que “este setor não podia atravessar crise sem forte ajuda pública”. O partido mostra-se ainda confiante de que “no pós-pandemia a TAP vai dar novamente grande contributo para o país no turismo e também na indústria e para as exportações portuguesas”.
(Notícia atualizada às 17h15)
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