Sindicato dos Jornalistas denuncia atrasos no pagamento a colaboradores da Global Media
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) denunciou atrasos no pagamento aos colaboradores da Global Media, a empresa que publica o Diário de Notícias e Jornal de Notícias e gere a rádio TSF.
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) denunciou atrasos no pagamento aos colaboradores da Global Media e manifestou a sua preocupação com o futuro da dona do Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
Há seis dias, a Global Media informou os trabalhadores de que tinha aderido ao apoio à retoma progressiva. Esta terça-feira, em comunicado, o SJ adianta que “está a ser confrontado com um número considerável de trabalhadores precários” do grupo “que neste mês de abril ainda não receberam o pagamento dos trabalhos”.
Os jornalistas nesta situação, que o SJ diz não ter conseguido apurar qual o número exato, “trabalham para as diversas publicações do grupo, nomeadamente para o DN, TSF, JN, O Jogo, entre outros títulos, a recibo verde, e contribuem todos os dias para fazer cada uma das edições”. Em causa estão trabalhos realizados durante o mês de fevereiro.
O sindicato recorda que, “já este mês, na sequência de uma carta enviada por um grupo desses colaboradores, denunciando o atraso reiterado no pagamento das peças, o SJ solicitou uma reunião à administração do grupo, que ainda não encontrou tempo de agenda para esse encontro”.
O SJ “sublinha a preocupação com o futuro da Global Media — um dos maiores grupos privados de comunicação em Portugal — numa altura em que o grupo anunciou a entrada num plano de retoma (que envolve cortes de salários para alguns e redução de tempo de trabalho para todos), poucos meses depois de um despedimento coletivo”.
A Global Media vai avançar com um “plano de apoio à retoma” a partir da segunda semana de maio, que vai implicar cortes nos salários a partir de 2.000 euros brutos. O plano é “transversal a todo o grupo de media”, afetando jornais, gráfica e distribuição.
A informação foi transmitida aos trabalhadores pelas chefias das diversas unidades de negócio. Esta medida também vai levar a uma redução de 30% do horário de trabalho.
O apoio à retoma progressiva dirige-se a empresas com quebras de faturação de pelo menos 25%, podendo o empregador reduzir o horário de trabalho em função da quebra de faturação.
O ECO contactou a Global Media por causa da informação veiculada pelo SJ. A empresa não quis fazer comentários.
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