TAP espera gerar 10 mil milhões de euros para a economia até 2030
Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira defendem, num artigo de opinião no ECO, que é "importante que se conheça o retorno" do apoio para a economia e para as finanças públicas portuguesas.
A intervenção pública na TAP poderá vir a resultar num retorno para a economia de até 10 mil milhões de euros até 2030, segundo a análise de custo-benefício pedida pela companhia aérea. O número foi avançado pelo chairman Miguel Frasquilho e pelo CEO Ramiro Sequeira, num artigo de opinião, intitulado “Salvar a TAP: O retorno para a economia portuguesa” e publicado esta quinta-feira no ECO.
Os dois gestores admitem que há diferentes posições sobre o apoio público à TAP, que já recebeu 1,2 mil milhões de euros e poderá vir a ser ajudada num total de 3,7 mil milhões até 2024, segundo o plano de reestruturação proposto pelas autoridades portuguesas à Comissão Europeia. É, por isso, “importante que se conheça o retorno” deste apoio para a economia e para as finanças públicas portuguesas, defendem.
“Para trazer números e objetividade a este debate, elaborámos uma análise custo-benefício de dois cenários alternativos, não deixa margem para dúvidas: salvar a TAP retorna para a economia portuguesa um montante superior a 10 mil milhões de euros até 2030, face a um cenário hipotético em que o auxílio público não tinha sido concedido”, dizem, apontando para o prazo de dez anos durante o qual a TAP está impedida de pedir novo auxílio.
É assumido no artigo de opinião que, sem ajuda pública, a TAP entraria num “complexo e demorado” processo de falência, que resultaria no fim do hub nacional. Só em passagens com destino a Lisboa, a perda seria de cerca de 3 milhões (ou 13%) por ano ou 11 milhões de turistas até 2030. Em simultâneo, haveria ainda uma redução das exportações portuguesas (substituídas por importações), eliminação de postos de trabalho e ainda efeitos colaterais para fornecedores.
Com base no que representou a TAP em 2019, a estimativa é que o auxílio até 2024 tenha um valor potencial de retorno entre 2,7 e 3,5 vezes. Já sobre as finanças públicas poderá situar-se entre 1,2 e 1,4 vezes o valor do auxílio ou 4,3 a 4,7 mil milhões de euros. Frasquilho e Sequeira dizem crer que os valores são “impressivos e apontam, claramente, para a relevância, em termos de retorno, que terá, num prazo a 10 anos, a manutenção da TAP a operar, assegurando a continuidade territorial em Portugal e ligando o nosso país ao mundo”.
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