Depósitos dos portugueses atingem recorde de 164,6 mil milhões de euros em março

Com os portugueses a iniciarem o desconfinamento, os depósitos atingiram um novo máximo histórico de 164,6 mil milhões de euros. O anterior recorde era de 163,8 mil milhões de euros.

No mês em que se iniciou o desconfinamento em território nacional, os portugueses reforçaram ainda mais as suas poupanças nos bancos. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal indicam que, em março, o montante associado aos depósitos bancários das famílias atingiu um novo máximo, fixando-se agora nos 164,6 mil milhões de euros.

“Os depósitos de particulares nos bancos residentes totalizaram 164,6 mil milhões de euros no final de março”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal. Em comparação com março do ano passado, está em causa uma taxa de variação anual de 8,2%. Face a fevereiro, está em causa uma subida de 794,3 milhões de euros no que toca aos montantes depositados pelos portugueses nos bancos. Um aumento que fica abaixo do registado no mês anterior (956,1 milhões de euros), em que o país estava totalmente confinado.

Depósitos de particulares (taxa de variação anual)

Fica, desta forma, registado um novo máximo histórico nos valores associados aos depósitos de particulares (164,6 mil milhões de euros). O anterior recorde tinha sido registado, precisamente, no mês de fevereiro, fixando-se nos 163,8 mil milhões de euros. Desde que a pandemia chegou a Portugal, em março de 2020, tem-se registado uma tendência de subida nos montantes depositados pelas famílias nos bancos. A exceção encontra-se em agosto passado, que registou uma quebra face ao mês anterior.

Empréstimos às famílias sobem novamente

À semelhança do que tem acontecido nos tempos recentes, os montantes associados aos empréstimos concedidos a famílias voltaram a subir. Porém, o mesmo não se pode dizer do financiamento disponibilizado às empresas.Em março de 2021, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 10,0%, menos 1,2 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a evolução dos empréstimos às grandes empresas, cuja tva diminuiu 6,9 pp, para 1,3%”, revela o comunicado do Banco de Portugal.

No que toca aos empréstimos a particulares, estamos perante aquele que é o valor mais elevado desde maio de 2015. O montante concedido às famílias através de empréstimos subiu, no mês de março, para os 121,4 mil milhões de euros. Está em causa um aumento de 398,4 milhões face ao mês anterior.

Nos empréstimos para habitação, a taxa de variação anual foi de 3,0%, um acréscimo de 0,3 pontos percentuais face a fevereiro. Em março, o montante concedido para esse fim estava fixado nos 95.935 milhões de euros. O valor destinado à aplicação em outros fins também aumentou nesse mês, para os 6.587 milhões de euros.

Nos empréstimos ao consumo, continua a identificar-se uma tendência decrescente. Em março, as financeiras concederam apenas 18.834,4 milhões de euros para esse fim, menos 19,3 milhões de euros face a fevereiro. Ainda assim, a taxa de variação anual aumentou, aqui, 0,4 pontos percentuais relativamente ao mês anterior, para – 1,3%.

(Notícia atualizada às 11h41 com mais informação)

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