Agências de viagens desiludidas com fim de apoio a fundo perdido
Agências de viagem dizem que precisam de apoios que lhes permitam a manutenção dos postos de trabalho e a sobrevivência a longo prazo.
A Associação de Sócios e Gerentes de Agências de Viagens e Turismo (ASGAVT) afirma ter recebido com “grande desilusão” a decisão de eliminação da parcela de apoio a fundo perdido e outras medidas de auxílio à tesouraria de empresas afetadas pela crise no setor.
“Foi com grande desilusão que a ASGAVT teve conhecimento do último despacho que elimina a parcela de apoio a fundo perdido, bem como o prémio de desempenho da linha do Turismo de Portugal de apoio à tesouraria das micro e pequenas empresas”, afirmou a associação, em comunicado divulgado na segunda-feira.
A ASGAVT sublinhou que, apesar da reabertura da atividade económica, as agências de viagens não têm um volume de faturação suficiente para fazer face às suas despesas, depois das restrições ao turismo, para conter a propagação de Covid-19, que, ainda se mantêm em “quase todos os destinos”.
“A situação é muito grave, as agências de viagem precisam de apoios que lhes permitam a manutenção dos postos de trabalho e a sobrevivência a longo prazo; empréstimos que só contribuem para o endividamento das nossas empresas não são solução”, defendeu a associação.
A ASGAVT lembrou também que, quando terminarem as moratórias de crédito, a taxa de esforço das empresas “será enorme”.
“Aí sim, o verdadeiro impacto social desta pandemia virá ao de cima”, alertou a associação.
Os sócios e gerentes de agências de viagens dizem continuar disponíveis para colaborar com as diversas entidades, no sentido de encontrar soluções para o setor do turismo.
“Não podemos deixar de nos sentir indignados com a notícia de que a TAP irá ser compensada pelo impacto que a pandemia de Covid-19 causou… e as nossas empresas? Não nos podemos nunca esquecer que as agências de viagens são o canal mais forte de receitas que a companhia dispõe”, considerou a associação.
A ASGAVT pede ainda “respeito por todos os que trabalham no turismo” e que os apoios a fundo perdido do Turismo de Portugal “possam voltar a ser atribuídos, desta vez em maior proporcionalidade”.
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