Já foi infetado por Covid-19? Saiba como vai ser vacinado
Recuperados da Covid começam a ser vacinados no final de maio. DGS clarifica que pessoas infetadas antes da vacinação tomam só uma dose. Infetados após a 1ª toma, levam a 2ª dose seis meses depois.
Há já algum tempo se questionava quando seriam vacinados os recuperados da Covid-19. Numa fase inicial e dada a escassez de vacinas, as autoridades de saúde optaram por deixar este grupo em “stand-by“, uma vez que a maioria dos infetados desenvolve alguma imunidade ao vírus SARS-CoV-2 e, portanto, estão menos suscetíveis a desenvolverem sintomas graves da doença.
Com a maior disponibilidade de vacinas a partir deste trimestre, a Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou que as pessoas que já foram infetadas pelo novo coronavírus, há, pelo menos, seis meses, iriam começar a ser vacinadas assim que os maiores de 60 anos estiverem todos vacinados, ou seja, no final de maio. “Nós estamos no início de maio, portanto, na terceira semana de maio, no máximo, na quarta semana de maio temos as pessoas todas vacinadas com mais de 60 anos. Portanto, está muito para breve começarmos a vacinar as pessoas que recuperaram da doença”, disse Henrique Gouveia e Melo na RTP3.
Nesse sentido, a DGS publicou agora uma atualização à norma relativa à campanha de vacinação contra a Covid-19 que clarifica como vai decorrer a vacinação dos recuperados da Covid-19. Assim, a instituição liderada Graça Freitas estipula que “as pessoas que recuperaram de infeção por SARS-CoV-2” e cujo diagnóstico foi feito “há, pelo menos, seis meses” vão agora passar a ser vacinadas (isto é, depois de finalizada a vacinação dos maiores de 60 anos), “acordo com a faixa etária a que pertencem”, tal como acontece com a generalidade dos casos nesta segunda fase do plano.
Nesse sentido, a generalidade destes utentes, vai tomar apenas uma dose da vacina, independentemente “de ser uma vacina com esquema vacinal de uma ou duas doses”, com exceção das pessoas que estejam recuperadas também há mais de seis meses e que “e que apresentem condições de imunossupressão” lê-se na norma 002/2021 da DGS, atualizada esta terça-feira. Neste casos, ou seja, os utentes que sofram de imnosuprresão (por exemplo, com HIV mas não só), tomam duas doses da vacina nas vacinas cujo esquema vacinal é de duas doses (caso da Pfizer, Moderna e AstraZeneca) ou tomam apenas uma dose nas vacinas cujo esquema vacinal é de dose única (Janssen).
Além disso, outra das grandes diferenças centra-se nas pessoas que tomaram uma dose da vacina contra a Covid, mas que após esta primeira toma foram infetados pelo novo coronavírus. Nesses casos, as pessoas devem ser “vacinadas com uma dose da mesma vacina, após seis meses da notificação da infeção por SARS-CoV-2”, assinala a DGS.
Isto significa, portanto, que pessoas que ficaram infetadas após a primeira toma da vacina, tomam a segunda dose, seis meses depois da infeção. De sublinhar que quer seja infetado antes ou depois de iniciar o processo de vacinação, os seis meses são contados a partir do primeiro dia em que foi notificado o caso de infeção por Covid-19.
Depois de a população com mais de 80 anos estar praticamente toda vacina, neste momento o foco é imunizar a população com mais de 60 anos, já que foi nestas faixas etárias que se registaram 96% dos óbitos pelo novo coronavírus. Neste segundo trimestre, Portugal espera receber mais de nove milhões de doses de vacinas, pelo que, dada a maior disponibilidade de vacinas o objetivo é administrar 100 mil vacinas por dia, a curto prazo.
Nesta segunda fase do plano de vacinação, além da vacinação ser realizada por faixa etária decrescentes (dos 79 aos 16 anos) será ainda dada prioridade a utentes com patologias mais graves, como Neoplasia maligna ativa, doentes oncológicos ativos (que estejam a fazer quimioterapia ou radioterapia), pessoas em situação de transplantação, pessoas com imunodepressão, doenças neurológicas (como epilepsia refratária), doenças epáticas, bem como doenças mentais como esquizofrenia, entre outros.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Já foi infetado por Covid-19? Saiba como vai ser vacinado
{{ noCommentsLabel }}