Cellnex tem “luz verde” para comprar 65 torres de telecomunicações à Oni
A Autoridade da Concorrência decidiu não se opor ao negócio de compra de direitos de exploração de 65 torres de telecomunicações pela Cellnex à Oni.
A Autoridade da Concorrência (AdC) deu “luz verde” à compra pela Cellnex de 65 torres de telecomunicações detidas pela Oni. O regulador considerou que a operação “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva” no mercado.
No dia 9 de abril, a AdC foi notificada da aquisição pela Omtel do direito de exploração comercial das 65 torres de telecomunicações, concretamente a estrutura metálica que permite às operadoras afixarem equipamentos de rádio para fornecerem comunicações eletrónicas móveis. A Omtel é uma sociedade detida pela Cellnex.
As torres em causa eram operadas pela Oni ao abrigo de um contrato de cedência de utilização celebrado com a Brisa até ao fim de 2035. E o ECO apurou que estes ativos em concreto vão ganhar especial relevância com a chegada do 5G, na medida em que se localizam junto a autoestradas e as licenças incluem obrigações de cobertura de algumas destas rodovias.
Numa reação enviada ao ECO já depois da publicação desta notícia, Nuno Carvalhosa, presidente executivo da Cellnex Portugal, disse que o acordo com a Oni “reflete a aposta em procurar suportar da melhor forma os clientes”. “Neste caso, na preparação do lançamento do 5G, o qual irá exigir uma densificação das redes de comunicações, também ao longo das autoestradas, onde estas infraestruturas se encontram”, acrescentou.
“A não oposição por parte da AdC a este acordo demonstra também o carácter pró-competitivo do modelo grossista, neutro e independente da Cellnex”, rematou Nuno Carvalhosa.
A compra destes direitos sobre as 65 torres por parte da subsidiária da Cellnex acontece depois de, um ano antes, o grupo ter adquirido a totalidade do capital da Nos Towering, a empresa que detinha cerca de 2.000 torres de telecomunicações da operadora Nos.
A empresa pagou 375 milhões de euros pelos ativos. Mas o valor total da operação pode chegar a 550 milhões de euros em seis anos, foi anunciado na altura.
No início de janeiro de 2020, a Cellnex adquiriu a totalidade da Omtel, que resultou da venda das torres de telecomunicações que eram da Meo, com um portefólio de cerca de 3.000 torres de telecomunicações.
(Notícia atualizada a 11 de maio, às 10h08, com reação de Nuno Carvalhosa.)
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