Metrobus entre Boavista e Praça do Império, no Porto, em obra no final de 2022
Matos Fernandes apontou que esta será “uma obra muito mais simples de ser feita”, porque “entre outras coisas não tem de ter estudo de impacto ambiental”.
A ligação de metrobus entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império, no Porto, deverá estar em obra no final do próximo ano, referiu este sábado o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
“O próximo [concurso que vamos lançar relacionado com a rede de Metro do Porto] é o projeto muito importante da linha ao longo da Avenida da Boavista e depois Marechal Gomes da Costa. E uma vez lançado o concurso de projeto, quero acreditar que no final do próximo ano já conseguimos estar em obra”, disse o governante.
Em declarações à agência Lusa esta manhã e à margem da visita realizada às obras de requalificação da frente ribeirinha de Vila Nova de Gaia, o distrito do Porto, Matos Fernandes disse que esta será “uma obra muito mais simples de ser feita”, porque “entre outras coisas não tem de ter estudo de impacto ambiental”.
Convidado a descrever detalhes sobre as linhas da Metro do Porto que serão financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o ministro do Ambiente e da Ação Climática disse que, além da linha que fará ligação entre a Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), também será financiada a “linha BRT [Bus Rapid Transit]”, referindo-se à ligação de metrobus entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império.
O Jornal de Notícias descreve hoje que esta ligação terá sete paragens ao longo dos seus 3,8 quilómetros de extensão, e que a obra deverá ficar pronta até ao final de 2023. Citando os documentos do PRR, este jornal diário descreve que a ligação por metrobus entre a Rotunda da Boavista e a Praça do Império tem “um elevado potencial de procura, com ganhos significativos de aumento de passageiros para o sistema de transportes coletivos”. O PRR específica, ainda, que para o serviço serão comprados 12 autocarros 100% elétricos.
Quando à ligação entre a Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), conhecida como “segunda linha de Gaia”, esta exigirá a construção de uma nova ponte ferroviária sobre o rio Douro, tendo o lançamento do concurso público internacional de conceção sido oficializado a 16 de março, numa cerimónia nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, na presença do primeiro-ministro, António Costa.
A nova travessia para ligar o Porto e Vila Nova de Gaia através de metro vai ficar entre as pontes da Arrábida e Luís I. A linha terá oito estações, seis das quais subterrâneas. A estimativa de custo de empreitada da ponte é de 50 milhões de euros, e a nova travessia vai ter vias para peões e bicicletas, ligando o Campo Alegre, no Porto (entre a Faculdade de Letras e a Faculdade de Arquitetura), à VL8 (junto ao Arrábida Shopping), em Vila Nova de Gaia.
Quando a financiamento global sobre estas novas ligações, a 16 de março, na cerimónia presidida por António Costa, o ministro do Ambiente disse que, no âmbito do PRR, a “nova linha para Gaia” estava estimada em 300 milhões de euros, e a de metrobus na Boavista orçada em 83 milhões de euros, incluindo o material circundante.
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