Marcelo inverte tendência. Juros corrigem

Fitch? Vai manter o rating. Quem o garantiu foi o Presidente da República, acabando com o suspense no mercado. Os juros, que estavam a subir, inverteram a tendência mas continuam acima dos 4%.

Marcelo Rebelo de Sousa falou, os investidores ouviram. No dia em que a Fitch vai rever o rating de Portugal, o Presidente da República antecipou-se ao revelar que a agência de notação financeira não vai fazer qualquer alteração, uma declaração que levou à inversão dos juros da dívida nos mercados. Ainda assim, a taxa a dez anos continua acima dos 4%.

A taxa das obrigações a dez anos chegou aos 4,207%, aproximando-se novamente de máximos de três anos. Contudo, inverteu a tendência, baixando mesmo da fasquia dos 4,1%. Segue, agora, estável, nos 4,12%, à semelhança do que se regista nos restantes países do euro, perante o fim do suspense em torno da revisão da Fitch.

Juros aliviam com Marcelo

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

A Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias”, verificando-se que “em três pontos está a haver uma evolução que é positiva”, como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico, revelou Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta é a segunda boa notícia. A primeira foi que a “UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia”, defendeu o Presidente da República.

É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos”, sublinhou Marcelo.

O IGCP revelou hoje que Portugal está de regresso aos mercados de financiamento. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira, 8 de fevereiro.

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