Fosun com 24%. Sonangol aumenta mais tarde

  • Rita Atalaia
  • 3 Fevereiro 2017

A Fosun reforçou a sua participação para quase 24%. Apesar de a Sonangol não ter aproveitado para ganhar mais peso no BCP, vai fazê-lo "nos próximos meses". O retalho ficou com um terço.

A Sonangol pode ter decidido não aumentar, por agora, a participação no BCP. Mas os chineses reforçaram até quase 24% no banco liderado por Nuno Amado, num aumento de capital de 1.330 milhões de euros onde a procura superou a oferta. A Fosun aproveitou a oportunidade para ganhar peso no banco, naquele que foi o primeiro aumento de capital de uma instituição financeira europeia nos últimos três meses.

O ECO sabe que o conglomerado chinês Fosun aumentou a participação para entre 23% e 24% no BCP. Guo Guangchang comprometeu-se em aumentar a posição até aos 30% no âmbito do aumento de capital, mas não conseguiu chegar a essa posição tendo em conta a forte procura registada pelos novos títulos do BCP.

A operação foi “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros que vai permitir ao banco reembolsar os CoCos e reforçar os rácios de capital.

Enquanto a Fosun reforçou, embora menos que o pretendido, a EDP e a Sonangol mantiveram as suas posições no banco liderado por Nuno Amado. Mas os angolanos já fizeram saber que vão aumentar a exposição “nos próximos meses”, de uma forma faseada.

A empresa liderada por Isabel dos Santos quer “aumentar paulatinamente, ao longo dos próximos meses”, a sua posição no banco liderado por Nuno Amado. A Sonangol já tinha pedido ao Banco Central Europeu para aumentar a posição. Recebeu no final do ano passado “luz verde” para passar dos 20%.

BCP atrai pequenos investidores

Os maiores acionistas do banco ajudaram o banco a concluir com sucesso o aumento de capital numa altura em que é reduzida a confiança dos investidores no setor financeiro europeu. Por um lado há receios em torno dos problemas da banca italiana, por outro há um aumento na perceção de risco sobre Portugal.

Apesar deste contexto adverso, o BCP foi bem-sucedido, sendo o primeiro banco europeu a conseguir realizar um aumento de capital nos últimos três meses. Parte desse sucesso ficou a dever-se também ao apetite demonstrado pelos investidores. Estes acionistas ficaram com 30% do aumento de capital, apesar do histórico do banco não ser muito positivo. As últimas operações resultaram todas em prejuízos avultados.

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