São já três os países a bloquear turistas britânicos devido à variante indiana do Covid

A variante indiana do coronavírus está a levantar preocupações, e a sua presença no Reino Unido já levou a que alguns países europeus começassem a impor novas restrições às viagens. Alemanha, Áustria deram o primeiro passo no início da semana, tendo-se seguido França, ao decidirem restringir as visitas de turistas britânicos.

A variante detetada na Índia encontra-se em transmissão comunitária ativa em solo britânico, pelo que o governo de Angela Merkel proibiu a entrada na Alemanha de viajantes provenientes do Reino Unido, depois de declarar no sábado o território britânico como zona de mutação de variantes da Covid-19. Agora, só é permitida a entrada de cidadãos alemães que regressem do Reino Unido.

Já o Ministério das Relações Externas austríaco decidiu que, a partir de 1 de junho, todos os viajantes provenientes do Reino Unido estão proibidos de entrar no país. A exceção, tal como na Alemanha, é o regresso de cidadãos austríacos e também viagens de negócios. Para estes será necessário um teste PCR negativo e deverão estar também em quarentena durante dez dias.

Chegou também a vez de França, que decidiu impor uma quarentena obrigatória a quem viajar para o país a partir do Reino Unido, que passa assim a fazer parte de uma lista que tem mais de uma dezena de países cujos viajantes que estão sujeitos a quarentena.

O Centro Europeu para o Controlo de Doenças decidiu reclassificar a variante B.1.617.2, associada à Índia, de “variante de interesse” para “variante de preocupação”, segundo adiantou esta quarta-feira. Os especialistas apontam que esta variante parece ser mais contagiosa que as já identificadas, o que terá contribuído para o aumento de casos exponencial na Índia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde esta variante já foi detetada em, pelo menos, 53 países e territórios. Em Portugal há já 10 casos associados a esta variante, de acordo com o relatório que monitoriza as linhas vermelhas para a Covid-19 elaborado pela Direção-Geral de Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, divulgado na passada sexta-feira.