As notas que tem na carteira podem ser “made in Portugal”. Saiba como distingui-las

A Valora, no Carregado, empresa detida pelo Banco de Portugal, é responsável pela produção de algumas das notas de euro que se encontram em circulação. Saiba como as identificar.

As notas de euro que tem na sua carteira podem ter sido fabricadas em vários países da Zona Euro, entre eles Portugal. Através do mais recente episódio do BdP Podcast, o Banco de Portugal dá algumas dicas de como pode tentar perceber se as notas que tem na sua carteira foram, ou não, produzidas em território nacional.

Através desta ferramenta, o regulador contou que a fábrica de notas do Banco de Portugal, a Valora, no Carregado, é responsável pela produção de algumas das notas de euro que se encontram em circulação. Isto porque tem à sua responsabilidade a impressão das “notas cuja produção cabe ao Banco Central Português”, tendo já criado “mais de 3.500 milhões de notas” desde o ano de “1999”, revela no último episódio do podcast.

Assim, a produção de notas de cinco euros pode efetivamente acontecer nesse local, pois a “sua produção tem sido frequentemente atribuída ao Banco de Portugal”. Como esta é “uma das notas que os portugueses mais usam”, a par das de “10 e 20 euros”, é assim bem possível que esta tenha sido efetivamente produzida nesta fábrica portuguesa.

Porém, se as notas em causa forem de 50 euros, “é provável que tenha sido produzida na Alemanha, França ou Itália”, refere o Banco de Portugal. Notas essas que, em conjunto com as de 20 euros, são as “mais usadas” dentro da “Zona Euro”.

Quer descobrir, então, se as notas que tem consigo foram efetivamente produzidas na fábrica portuguesa? Basta ver o número de série das mesmas. Isto porque, “em todas” as que foram concebidas em território nacional, “o número de série começa com a letra M“, revela o regulador no seu podcast.

O Banco de Portugal explica ainda que esta produção monetária se trata de algo recorrente, na medida em que “todos os anos é preciso produzir notas novas” capazes de “substituir as danificadas” que se encontram em circulação, bem como para responder a “aumentos de procura”.

Assim, todos os 19 países da área do euro são obrigados a indicar ao Banco Central Europeu, com essa mesma regularidade, quantas notas de cada tipo precisam de produzir. “Cabe depois ao BCE atribuir aos bancos centrais nacionais as quotas de novas notas a produzir“, refere o regulador.

Depois da sua produção, as “notas são redistribuídas” pelos bancos centrais dos vários países, “que as colocam em circulação diretamente, nas suas tesourarias”, ou por via dos “bancos comerciais”, que fazem o dinheiro chegar aos cidadãos por via dos “levantamentos aos balcões” e das “caixas automáticas”.

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