Lisboa preocupa. À volta da capital, Golegã foi o concelho com maior aumento de novos casos
Na Área Metropolitana de Lisboa, é mesmo a capital que tem a maior incidência, tendo 153 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Um aumento de 77 novos casos face ao final de abril.
A situação pandémica na região de Lisboa e Vale do Tejo tem vindo a preocupar Governo e especialistas. Dos 52 municípios que compõem a região, a Golegã é não só aquele que tem a maior taxa de incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias), como o que viu o maior aumento em um mês. Na Área Metropolitana de Lisboa, é mesmo a capital a que tem os piores números.
Na semana passada a região contava já com um Rt de 1,14 e o Governo avançou com novas medidas na zona, como o reforço da vacinação ou a testagem em massa em escolas, transportes e restaurantes.
E não só. Na quinta-feira, depois do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que a Golegã iria recuar no desconfinamento para a terceira fase (19 de abril) e que Lisboa ficava em alerta. Ao lado de Lisboa está outro concelho da região: Salvaterra de Magos.
Segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde, de sexta-feira, estes são os três concelhos da região com maior incidência: Golegã com 262 casos por 100 mil habitantes, Lisboa com 153 e Salvaterra de Magos com 131.
Por outro lado, cinco municípios da região têm mesmo zero casos por 100 mil habitantes. É o caso do Bombarral, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Alpiarça. Na Área Metropolitana de Lisboa, o concelho com menos casos é Palmela, com uma incidência de 30 casos por 100 mil habitantes.
Golegã: de 56 para 262 casos por 100 mil habitantes
Dos 52 municípios da região, 27 apresentam uma taxa de incidência maior do que nos dados do final de abril. Apesar da maioria serem aumentos aparentemente insignificantes, há aumentos ainda bastante expressivos, como o da Golegã.
Este município tinha, a 30 de abril, 56 casos por 100 mil habitantes. Como já referido, na última atualização tinha 262. Contas feitas, são mais 206 casos. A seguir à Golegã, o maior aumento deu-se em Salvaterra de Magos (de 14 para 131 casos, ou seja, mais 117 casos) e em Vila Nova da Barquinha (de 0 para 80, ou seja, mais 80 casos).
Na Área Metropolitana de Lisboa, é mesmo Lisboa que apresenta o maior aumento (mais 77), passando de 76 para 153 casos por 100 mil habitantes. Segue-se a Moita, com um aumento de 50 casos (de 25 para 75 casos por 100 mil habitantes) e Odivelas, com mais 38 casos (de 44 para 82 casos por 100 mil habitantes).
O “milagre” de Alpiarça, Coruche e Peniche
A 29 de abril, António Costa tinha deixado uma lista de 27 concelhos que deviam estar “alerta”. Entre os quais encontravam-se Alpiarça, Coruche e Peniche. Uma semana depois, a 6 de maio, continuaram nesta lista, mas conseguiram escapar ao travão no desconfinamento.
Agora, um mês depois, são dos concelhos que tiveram uma maior diminuição da incidência. Coruche, que segundo os dados de 30 de abril era o pior município da região, passou de 298 casos por 100 mil habitantes para 17, Peniche de 223 para 34 e Alpiarça de 170 para zero.
Do total de concelhos de Lisboa e Vale do Tejo, 23 têm agora uma incidência menor do que no final de abril. Apenas um, Constância, se encontra exatamente no mesmo patamar: 50 casos por 100 mil habitantes.
No entanto, as incidências são voláteis e o Governo já avisou que qualquer situação em que se encontrem os concelhos – a desconfinar, em alerta, ou com um travão no desconfinamento – não será permanente.
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