Especialistas acrescentam três níveis ao plano de desconfinamento. Conheça as medidas

Os especialistas propõem três novos níveis de desconfinamento (A, B e C) com regras a aplicar a partir de junho. Das medidas gerais às recomendações para os diversos setores, conheça o plano proposto.

Com o ritmo de vacinação a aumentar em Portugal, os especialistas propõem três novos níveis de desconfinamento com regras a aplicar a partir de junho. Este plano assenta três patamares de risco, com especial foco na ventilação dos espaços interiores, privilegiando a promoção de eventos ao ar livre, bem como a manutenção de regras de contenção habituais, como o uso de máscara e o distanciamento físico.

No plano apresentado pelos especialistas, a palavra de ordem é a “precaução”, por forma a evitar um “regresso a cenários restritivos”, pelo que a intenção será “progredir evitando ter de recuar”, explicou Raquel Duarte, pneumologista e ex-secretária de Estado, na reunião desta sexta-feira do Infarmed.

Nesse sentido, o plano proposto assenta em vários pressupostos, como a vacinação, a testagem, a vigilância das variantes e a monitorização dos indicadores e vai basear-se em três níveis de desconfinamento: A, B e C.

Em linhas gerais, Raquel Duarte defende que é “importantíssimo assegurar a ventilação e climatização dos espaços” interiores, apontando que “cada local deve ter as suas orientações”. Caso não seja possível, devem ser abertas as portas e as janelas para que haja ventilação. Devem também ser promovidos os eventos ao ar livre, apostar na testagem alargada e promover as “bolhas” de contactos.

Além disso, em termos de recomendações generalizadas relativamente às habituais medidas de transmissão do vírus, deve continuar a ser obrigatória a utilização de máscara (exceto no último nível e só ao ar livre), bem como, continuar a promover a higienização das mãos e o distanciamento físico.

Há também algumas recomendações específicas para os vários setores. Na restauração, por exemplo, recomenda-se que “as pessoas estejam sentadas à mesa”, com um distanciamento de dois metros entre as mesas, que seja definido um número de pessoas por metro quadrado e que o uso de máscara se mantenha, com exceção do momento em que se está a comer. Neste nível, deverão ser permitidas seis pessoas por mesa no interior e no exterior 15. Já no nível seguinte, passam a oito no interior e 20 no exterior, sendo que no último nível, a ser aplicadas as regras gerais.

Ao mesmo tempo, no alojamento e hotelaria aplicam-se as medidas gerais já no nível C, enquanto nos transportes públicos as orientações atuais persistem até ao último nível (nível A), quando deixa de haver limitação neste setor. No entanto, táxis e Ubers deverão manter as habituais restrições, pelo que os passageiros só se poderão sentar nos bancos de trás.

Quanto aos eventos de grandes dimensões no exterior em espaços não delimitados, estes devem ser permitidos se for possível controlar os locais onde as pessoas podem ficar, enquanto que nos eventos de grandes dimensões no exterior em espaços delimitados, os especialistas propõem a testagem entre 48 a 72 horas antes da realização do evento, uso obrigatório de máscara, que existam circuitos definidos para as pessoas circularem e que seja cumprido o número de pessoas por metro quadrado.

Já no caso dos eventos interiores, propõem-se um aumento faseado da lotação: no nível C deverá situar-se nos 25%, no nível B, 50% e no nível A aplicam-se as medidas gerais.

Controlo das Fronteiras é fundamental

Ao mesmo tempo, a ex-secretária de Estado assinala que é preciso prestar uma “atenção particular” a países que tenham novas estirpes, pelo que Portugal deve apostar no “controlo de fronteiras, principalmente terrestres”. “É preciso que os serviços estejam munidos dos recursos necessários”, alerta, acrescentando que na consulta do viajante deve ser possível a prescrição do teste à Covid e da vacina.

A especialista defende ainda uma aposta na comunicação com estratégias claras, por forma a “a readequar os comportamentos de risco sobretudo nas populações mais jovens”, bem como que haja “estratégias interventivas” para reduzir impacto da pandemia na saúde mental, sobretudo nas populações mais vulneráveis.

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