Petróleo em máximos de quase três anos à espera de aumento no consumo
Maiores produtores da OPEP+ realizam, ainda esta terça-feira, uma reunião mensal de avaliação da política de produção. O plano atual é de aumento gradual da oferta nos próximos dois meses.
Os preços do petróleo seguem em alta, com o crude de referência norte-americana a tocar o valor mais elevado em quase três anos com as expectativas de aumento na procura por combustíveis durante o verão. Os maiores produtores do mundo vão encontrar-se esta terça-feira à tarde e deverão reafirmar a estratégia de retirar gradualmente as restrições à oferta.
O Brent negociado em Londres avança 1,33% para 70,65 dólares por barril, tendo já chegado a tocar os 71 dólares, em máximos de três meses. Já o crude WTI ganha 2,6% (face ao fecho de sexta-feira já que na segunda-feira não houve negociações em Nova Iorque) para 68,04 dólares, num valor que não se via desde outubro de 2018.
Retoma dos preços do petróleo começou há oito meses
Fonte: Reuters
“Embora haja preocupações sobre restrições mais rígidas relacionadas a Covid-19 nalgumas partes da Ásia, o mercado parece estar mais focado na história positiva da procura nos EUA e nalgumas regiões da Europa”, disseram analistas da ING numa nota divulgada esta terça-feira.
Nos EUA, começou a temporada de verão após o fim de semana do Memorial Day, o que coincide com uma tendência de quebra nos stocks de gasolina, que estão próximos de mínimos de cinco anos para esta altura do ano. Dado que a procura deverá continuar a subir, o mercado está a apostar num aperto do mercado que apoie a subida dos preços nos próximos meses.
Ainda esta terça-feira a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os aliados liderados pela Rússia — conhecidos como OPEP+ — realizam uma reunião mensal de avaliação da política de produção. O plano atual é de aumento gradual da oferta para responder à evolução do consumo, mas dependerá da reabertura das economias.
“A principal questão para o mercado é se o grupo seguirá em frente com o aumento de produção planeado para junho e julho, particularmente com a perspetiva de oferta adicional do Irão e preocupações com a procura em partes da Ásia. No entanto, acreditamos que o mercado será capaz de absorver esta oferta adicional e, portanto, esperamos que o grupo confirme que aumentará a produção conforme previsto nos próximos dois meses”, acrescenta o ING.
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