França defende que imposto mínimo sobre empresas deve ser “o mais alto possível”
Apesar de defender uma taxa superior, o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, admitiu que “será muito difícil” ir além do acordado (15%) no sábado.
O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, defendeu este domingo que o imposto mínimo a aplicar às empresas, acordado pelo G7 no sábado, deve ser “o mais alto possível”. Em entrevista à emissora Europe 1, Le Maire afirmou que os 15% acordados são uma conquista que implicou “dias e noites” de negociação, garantindo que agora vai tentar aumentar este imposto.
“Os 15% são já um compromisso. Nas próximas semanas, vamos continuar a lutar, em especial com a Alemanha, para que o imposto seja o mais elevado possível”, sublinhou. No entanto, o governante admitiu que “será muito difícil” ir além do acordado no sábado.
O Governo francês é a favor da aplicação de uma taxa de 21% sobre o rendimento das empresas, em linha com o que defende o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os ministros das Finanças do G7 alcançaram este sábado, em Londres, um acordo “histórico” para a aplicação de um imposto mínimo de 15% sobre as empresas.
“Estou encantado por anunciar que os ministros das Finanças do G7 alcançaram, após anos de discussão, um acordo histórico sobre o sistema global de impostos”, anunciou, na altura, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak.
Em causa, está uma proposta que prevê a aplicação de um IRC de 15%, assegurando que “as empresas certas paguem os impostos certos, nos locais certos”.
Agradecendo o trabalho dos seus homólogos, Sunak reiterou que este acordo “de significância histórica” permite adequar o sistema global de impostos ao século XXI.
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