“Era muito importante estudar a TSU” antes de discutir reduções
"Enquanto não conhecermos verdadeiramente o sistema e aquilo que o sistema efetivamente compra com esta taxa de 34,75%, essa discussão fica limitada", diz líder do CFP ao Jornal de Negócios.
A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que seria “interessante” ponderar, um dia, a redução da taxa social única (TSU) a cargo dos empregadores, mas antes é preciso, alerta, fazer uma análise profunda para ver se cobre o custo das prestações contributivas. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), Nazaré da Costa Cabral frisa que, só depois de tal avaliação, haverá segurança para discutir essa eventual redução.
“Num plano estritamente técnico acho que era muito importante estudar a TSU“, salienta a responsável, detalhando que essa análise serviria para verificar se a taxa está adequada às eventualidades que cobre. Nazaré da Costa Cabral diz que “acharia interessante” reduzir “um dia” o peso contributivo colocado, por essa via, sobre as entidades empregadores, já que é “de facto uma carga elevada”, mas atira: “Enquanto não conhecermos verdadeiramente o sistema e aquilo que o sistema efetivamente compra com esta taxa de 34,75%, essa discussão fica limitada. Porque é arriscado“.
E detalha: “É arriscado quando temos custos que aliás se apresentam como sendo crescentes. Seria necessária uma análise atuarial profunda“. A presidente do CFP admite, além disso, a possibilidade de virem a ser criados mecanismo de “ajustamento da própria taxa em função” da evolução dos custos com as prestações contributivas.
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