Conselho de Segurança apoia novo mandato de Guterres na ONU. “É uma honra”, diz Costa
Conselho de Segurança da ONU apoia a reeleição de António Guterres como secretário-geral da ONU.
O primeiro-ministro, António Costa, felicitou esta terça-feira o secretário-geral da ONU, e ex-governante português, António Guterres, por ter o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas para um segundo mandato.
“É uma honra para Portugal ver o Conselho de Segurança propor a recondução do mandato [de António Guterres]”, revelou esta terça-feira o chefe do Governo.
O Conselho de Segurança esteve reunido esta terça-feira para se pronunciar sobre a reeleição do português, que assumiu o cargo em 2017. A recomendação deste conselho é o passo mais importante na nomeação do líder da ONU, mas o processo segue agora para a Assembleia Geral (órgão que reúne os 193 países), que deve ratificar a nomeação.
O atual presidente do Conselho, Sven Jürgenson, disse que Guterres se mostrou “digno” do cargo ao longo dos últimos cinco anos.
Guterres não tem oposição oficial de nenhum outro candidato, logo é esperado que continue à frente da ONU. A oficialização da sua reeleição só deverá ser conhecida para a semana, indica a agência de notícias Efe.
António Costa lembrou que a liderança de Guterres na ONU teve os seus obstáculos, como a saída dos Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU sob a presidência de Donald Trump e, claro, a pandemia de Covid-19 que, apesar do longo caminho a percorrer, aparenta estar melhor a cada dia. Assim, para António Costa, o ex-primeiro-ministro português terá, à partida, um segundo mandato mais calmo para se concentrar numa das suas bandeiras: a ação climática.
“Devemo-nos sentir orgulhosos de ter um português à frente daquela que é a maior organização pela paz”, concluiu.
Mais tarde, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou o apoio do Conselho de Segurança da ONU à recandidatura de António Guterres. “Queria dizer-vos que é com muita alegria que soube que o Conselho de Segurança adotou como sua a candidatura do engenheiro António Guterres a uma reeleição como secretário-geral das Nações Unidas”, declarou, durante a sua visita à Madeira.
Segundo o Presidente da República, “é um prestígio enorme para Portugal esta aceitação a nível mundial de países tão diferentes como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a França, a República Popular da China e a Federação Russa”.
“O facto de eles darem esta luz verde significa, no fundo, um caminho aberto para a Assembleia Geral depois adotar em plenário a decisão, o que quer dizer que, ao contrário da eleição, que foi muito tarde – eu lembro-me de ter ido com o senhor primeiro-ministro à posse em dezembro [de 2016] -, nas reeleições é muito mais cedo”, referiu.
Tal como Costa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Guterres teve um primeiro mandato “muito difícil” devido às políticas estadunidenses.
(Notícia atualizada às 18h09)
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