Crédito ao consumo encolhe para 535 milhões em abril
Financiamento para a compra de automóveis, novos ou usados, foi responsável por grande parte do montante total concedido por bancos e financeiras durante o mês de abril.
O crédito ao consumo travou em abril, depois da subida registada em março. Num mês em que o país deu passos largos no desconfinamento, a procura por financiamento por parte parte das famílias ficou praticamente inalterada face ao mês anterior, com o total concedido por bancos e financeiras a cifrar-se em 535 milhões de euros.
De acordo com os dados mais recentes disponibilizados pelo Banco de Portugal, o montante concedido em abril ficou 0,4% abaixo dos 538 milhões registados em março, mês em que pela primeira vez em seis meses se assistiu a um crescimento nestes financiamentos. Comparativamente a abril de 2020, quando o país estava confinado por causa da Covid-19, houve um aumento de 161%.
Na comparação com o mês de março, em abril assistiu-se a quebras na concessão de financiamento no crédito pessoal, tanto para Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos, como outros fins, cujo montante é, tendencialmente, avultado.
Nestes outros créditos pessoais foram concedidos quase 217 milhões de euros, uma quebra de -9,7% face ao mês anterior, enquanto nos cartões de crédito houve um crescimento dos montante financiado para 89 milhões. Cresceu 6%, sendo que os maiores aumentos nestes financiamentos foram registados no automóvel.
Segundo o Banco de Portugal, só na locação financeira ou ALD de veículos novos houve um recuo nos valores concedidos, face ao registado em março: -15,4% para 16,29 milhões. Nos restantes, o crédito aumentou.
Nos novos, o crédito “normal” cresceu 21,8%, dando o maior salto, para 44 milhões de euros, enquanto esta mesma modalidade mas para a aquisição de veículos usados aumentou em 7,9% para os 154 milhões. No ALD de usados, o montante concedido subiu 6,8% para se cifrar em 6,85 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11h26 com mais informação)
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