Autoeuropa com quebra de produção de 70.000 veículos desde 2020
Desde o início de 2021 foram já cancelados 57 turnos de trabalho devido à falta de semicondutores e ao encerramento das escolas em janeiro, o que corresponde a cerca de 17.340 carros perdidos.
A fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, teve uma quebra de produção de 70.000 automóveis desde 2020, devido aos impactos da pandemia de Covid-19 e à falta de componentes para a produção de veículos.
“Desde o início de 2021 foram já cancelados 57 turnos de trabalho devido à falta de semicondutores e ao encerramento das escolas em janeiro, o que corresponde a cerca de 17.340 carros perdidos”, refere um comunicado interno da empresa a que a agência Lusa teve acesso.
“Adicionando o que não se produziu em 2020, as perdas devido à pandemia somam já cerca de 70.000 carros”, acrescenta o documento.
A Autoeuropa, com mais de 5.000 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.
O T-Roc e o MPV são os dois modelos de automóveis produzidos atualmente na fábrica da Volkswagen em Palmela.
No mesmo comunicado, a administração da fábrica de Palmela, no distrito de Setúbal, informa os colaboradores de que o dia 17 de junho se mantém como dia normal de produção, e que a suspensão anunciada terá início em 18 de junho, sendo a produção retomada às 00:00 do dia 28 de junho.
A par das paragens forçadas ou redução da atividade devido à Covid-19, a fábrica da Autoeuropa, a exemplo do que acontece em toda a indústria automóvel, tem-se deparado com a falta de semicondutores, que também resulta em grande parte do elevado consumo de produtos eletrónicos em tempo de pandemia.
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