Vacina da Curevac com apenas 47% de eficácia nos ensaios clínicos preliminares

A vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pela alemã Curevac revelou apenas 47% de eficácia, segundo a análise preliminar dos ensaios clínicos.

A vacina que está a ser desenvolvida pela farmacêutica alemã Curevac contra a Covid-19 obteve resultados dececionantes quando comparada com as restantes vacinas que estão atualmente no mercado. Na análise preliminar dos ensaios clínicos, esta vacina revelou ter uma eficácia de apenas 47%, abaixo dos 50% que a Organização Mundial de Saúde recomenda para ser aprovada.

A vacina “atingiu uma eficácia preliminar de 47% contra a Covid-19, independentemente da sua gravidade, não atendendo aos critérios estatísticos de sucesso preestabelecidos”, revelou o laboratório alemão, em comunicado, na quarta-feira.

Certo é que estes resultados já tiveram efeito na capitalização bolsista da empresa. Os títulos da Curevac desvalorizam agora 34,33% para 43,30 euros.

Os ensaios clínicos envolveram cerca de 40.000 voluntários na América Latina e da Europa, segundo a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). No final, houve 134 pessoas que ficaram doentes com o novo coronavírus, sendo que como é prática deste tipo de ensaios clínicos foram comparados o número de pessoas que ficaram doentes após ter recebido o placebo com o número de pessoas que ficaram doentes após a toma da vacina.

Estes resultados, embora preliminares, representam um duro golpe para a Curevac, já que os resultados apontam para uma eficácia muito inferior às rivais. A título de exemplo, a vacina da Pfizer tem 95% de eficácia, ao passo que a da Moderna tem também resultados muito semelhantes. Importa sublinhar que a OMS recomenda que as vacinas contra a Covid-19 tenham, pelo menos, 50% de eficácia.

Além disso, a confirmarem-se estes resultados, pode ficar comprometido o envio de 405 milhões de doses da vacina da alemã Curevac com acordadas com a Comissão Europeia. Esta vacina está atualmente sob um processo de avaliação contínua por parte do regulador europeu, tal como a vacina russa SputniK e a farmacêutica Novavax.

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