Horários alargados e militares. O que Portugal está a fazer para acelerar vacinação
Lisboa é a região com menor percentagem de vacinação completa. Depois de ser anunciado que os horários dos centros de vacinação na capital iam ser alargados, é conhecido que vai abrir outro centro.
Com os números da Covid-19 em Portugal a levantar preocupações, nomeadamente a situação na região de Lisboa e Vale do Tejo, a vacinação é um dos elementos que está a ser reforçado para fazer recuar a pandemia. Para acelerar estes esforços, estão a avançar várias medidas, nomeadamente o alargamento de horários e o apoio de militares no processo.
Há algumas medidas específicas para a região de Lisboa, que está com uma situação mais grave. Na semana passada, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que os centros da cidade de Lisboa vão ter um horário alargado, com o objetivo de aumentar o ritmo de vacinação na região para 65 mil doses administradas por dia.
A medida terá duas fases, sendo que inicialmente o alargamento será de apenas uma hora (de 9 para 10 horas diárias), mas, a partir da primeira semana de julho, os centros vão funcionar 14 horas por dia: das 8h00 às 22h00, incluindo sábados e domingos. “Esta medida significa um potencial de mais 15 mil doses ministradas por semana”, sinalizou a autarquia liderada por Fernando Medina.
Outra medida que avançou a semana passada foi a redução do intervalo da toma da segunda dose da vacina da Astrazeneca, de 12 para oito semanas, por forma a garantir “mais rápida proteção” perante a transmissão de novas “variantes de preocupação” do vírus, segundo explicou a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Mais um conjunto de iniciativas deverão avançar agora, segundo adiantou Marques Mendes, no comentário de domingo, na SIC. Por um lado, será reativado um centro de vacinação no Estádio Universitário, em Lisboa. Este vai ser dirigido por médicos e enfermeiros das Forças Armadas, tendo em vista vacinar mais de 12 mil pessoas por semana. Uma medida semelhante poderá avançar também no Porto, acrescentou.
De salientar ainda que as Forças Armadas têm 252 militares em prontidão para apoiar no combate à pandemia, dos quais mais de metade para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, segundo avança o Público (acesso pago).
Já como um incentivo à vacinação, bem como à testagem, o comentador avançou também que o Governo decidiu que o certificado da Covid (que identifica quem já foi vacinado, recuperou da infeção ou tem um teste negativo) vai aplicar-se em Portugal, em eventos como casamentos, espetáculos e futebol.
Isto numa altura em que o auto-agendamento da vacina contra a Covid-19 passa a estar disponível para pessoas com mais de 37 anos, a partir desta segunda-feira. Já para a população entre os 20 e os 29 anos, a vacinação deve arrancar “a partir de meados de julho”, segundo adiantou uma fonte da task-force nacional de vacinação à Lusa.
Para potenciar a vacinação nas faixas etárias mais jovens, deverá também ser lançada uma campanha para sensibilizar os mais novos para a vacinação, adiantou Marques Mendes.
De recordar que existe ainda uma modalidade chamada de “Casa Aberta”, que permite que pessoas que ainda não levaram a primeira dose se desloquem ao centro de vacinação sem agendamento, e que foi alargada para as pessoas a partir dos 55 anos (estava apenas disponível para maiores de 60 anos).
Segundo os dados mais recentes da DGS, referentes a este sábado, já foram administradas mais de sete milhões e duzentas mil doses da vacina contra a Covid-19 e mais de dois milhões e meio de pessoas já completaram a vacinação. Já segundo o relatório de vacinação, divulgado na terça-feira passada, era possível ver que Lisboa e Vale do Tejo é a região com menos pessoas com a vacinação completa (20%).
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