Região Centro alcança pelo segundo ano mais de 100 empresas gazela
São agora 119 empresas, mais sete do que em 2019, que empregam mais de quatro mil pessoas e que geraram um volume de negócios de 438 milhões de euros e 116,9 milhões de euros de exportações.
A Região Centro alcançou, pelo segundo ano consecutivo, mais de 100 empresas gazela, que apresentam, num curto espaço de tempo, “um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios”, anunciou esta quinta-feira a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) refere que “são agora 119 empresas, mais sete do que em 2019, que empregam mais de quatro mil pessoas e que geraram um volume de negócios de 438 milhões de euros e 116,9 milhões de euros de exportações”.
“Em 2012, existiam 47 empresas gazela e hoje temos 119. Estas empresas representam uma pequena percentagem do universo empresarial, mas cada uma delas tem uma grande importância nas dinâmicas de emprego e de riqueza, contribuindo fortemente para a inovação, atratividade e competitividade da Região Centro”, salienta a presidente da CCDRC, citada no mesmo comunicado.
Isabel Damasceno destaca os “ritmos de crescimento muito elevados” destas empresas, que “se traduzem na criação de um grande número de postos de trabalho, evidenciando também resiliência, mesmo em contextos económicos adversos”.
Segundo um estudo efetuado pela CCDRC, as 119 empresas gazela repartem-se “por 44 municípios da região Centro, sendo os concelhos de Leiria (14), Aveiro (11), Coimbra (8) e Torres Vedras (8) os que têm um maior número, seguidos pelos municípios de Águeda, Caldas da Rainha e Viseu (com cinco empresas cada)”. Com quatro empresas gazela, encontram-se dois municípios: Castelo Branco e Ourém. Os municípios de Arruda dos Vinhos, Covilhã, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital e Torres Novas apresentam três empresas gazela cada, revela o estudo.
Já em termos sub-regionais assumem destaque os territórios correspondentes às NUT III da Região de Aveiro (26), do Oeste e da Região de Coimbra (22 em cada), e Região de Leiria (18).
Notando que “estas empresas têm um elevado potencial para gerar novos de postos de trabalho”, a CCDRC observa que, praticamente, quadruplicaram “as pessoas ao serviço entre 2016 e 2019, passando de 1.053 trabalhadores para 4.011 trabalhadores”.
Já “o volume de negócios cresceu cerca de nove vezes entre 2016 e 2019, pois faturaram 51 milhões de euros em 2016 e 438 milhões de euros em 2019”, adianta a Comissão de Coordenação.
“O total de exportações destas empresas somava cerca de 117 milhões de euros, em 2019, o que representava, em termos médios, 27% do volume de negócios”, precisa, apontando, igualmente, que “um quarto destas empresas desenvolve as suas atividades nas indústrias transformadoras, que, em conjunto com o setor da construção (22%) e o comércio (13%), representam 61% das empresas gazela da região”.
No comunicado, a CCDRC acrescenta que “metade das empresas gazela apuradas foram constituídas nos anos de 2015 (24%) e 2016 (26%)” e, no final de 2020, 50 das 119 empresas “tinham apresentado um total de 96 candidaturas aos Sistemas de Incentivos do Portugal 2020”.
Em termos de projetos aprovados, as 50 empresas gazela que se candidataram àqueles sistemas de incentivos “estão já a ser apoiadas na totalidade das 96 candidaturas (que representam 135 milhões de euros de investimento e 52 milhões de euros de incentivo)”, lê-se no documento.
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