Além de Berardo, outros fizeram “truques para não pagarem à banca”. “Espero que seja feita justiça”, diz Mortágua
Dirigente do Bloco de Esquerda lembra que há mais devedores, além do empresário madeirense, que fizeram “truques” para não pagarem as dívidas à banca.
Mariana Mortágua diz que “vê com bons olhos” o funcionamento da Justiça no caso de Joe Berardo, que foi detido esta terça-feira por suspeitas de vários crimes económicos. O empresário madeirense deve cerca de mil milhões à banca. A dirigente do Bloco de Esquerda “quer e deseja que seja feita Justiça”.
“Tudo o que tenha a ver com o funcionamento da justiça, só posso ver com bons olhos”, afirmou Mariana Mortágua em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.
A deputada bloquista recordou a audição polémica Joe Berardo há dois anos no Parlamento, no âmbito do inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Segundo Mariana Mortágua, Berardo foi ao Parlamento em maio de 2019 “gabar-se de ser intocável, gabar-se de ter conseguido encontrar um truque que foi descoberto e exposto ao país na comissão de inquérito, uma fraude para esconder obras de arte do Novo Banco e da Caixa para que a divida não pudesse ser cobrada”.
E aqui lembrou que outros grandes devedores da banca tiveram comportamentos semelhantes. “Depois dessa audição [de Berardo] houve muitos outros devedores que foram às comissões de inquérito e onde foram expostos truques muito parecidos para não pagarem o que devem aos bancos”.
“Tudo o que espero e desejo é que seja feita justiça relativamente a esse tipo de ações, muitas delas de caráter fraudulento, levadas a cabo para estes devedores não pagarem as suas dívidas aos bancos com prejuízos para todos os contribuintes e portugueses”,rematou Mariana Mortágua.
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