Wall Street pintado de vermelho pela variante Delta

Wall Street caiu quase 1% na sessão desta quinta-feira, acompanhando as perdas registadas nas bolsas europeias. A preocupação com a variante Delta dominou o sentimento dos investidores.

Os principais índices norte-americanos fecharam em terreno negativo esta quinta-feira, recuando de máximos históricos que têm alcançado consecutivamente, num dia em que as incertezas sobre a recuperação económica nos Estados Unidos afetaram o sentimento dos investidores. Em causa está a propagação da variante Delta, apesar dos esforços da vacinação.

O Dow Jones desvalorizou 0,75% para os 34.421,93 pontos, o Nasdaq cedeu 0,72% para os 14.559,79 pontos e o S&P 500 perdeu 0,86% para os 4.320,82 pontos. “Nós estamos efetivamente em recordes máximos, portanto não daria muita importância à ação dos mercados de hoje“, desvaloriza Oliver Pursche, analista da Wealthspire Advisors, à Reuters.

Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, alertou que um aumento na variante “altamente infecciosa” (Delta) poderia colocar em causa a retoma económica nos EUA. Já esta quinta-feira Mathias Cormann, o novo secretário-geral da OCDE, alertou que novos surtos provocados pela variante Delta são um risco significativo para a recuperação da economia mundial, pedindo aos Estados para vacinarem o mais possível. “Novos surtos continuam a ser um dos maiores riscos descendentes em termos de uma recuperação económica sustentada“, disse Cormann à CNBC.

Os investidores acabaram por vender ativos de maior risco, como é o caso das ações, e refugiaram-se mais em ativos de menor risco, como é o caso da dívida norte-americana. A yield (taxa de juro) das obrigações dos EUA a 10 anos baixou pela oitava sessão consecutiva.

Entre as cotadas de Wall Street, o setor dos transportes foi um dos mais afetados por este ligeiro “sell-off” em Wall Street na sessão desta quinta-feira, assim como o setor financeiro. De notar que os grandes bancos norte-americanos vão arrancar na próxima semana a época de resultados relativa ao segundo trimestre, sendo que os analistas esperam um aumento dos lucros de 65%.

Outro dos fatores que influenciou negativamente a negociação bolsista foi o aumento dos pedidos de desemprego nos Estados Unidos. Esta subida, conhecida esta quinta-feira, é inesperada e é acompanhada por uma desaceleração do crescimento do emprego em território norte-americano.

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