Benfica volta a negociar após suspensão por “indícios de irregularidades diversas”
Ações da SAD dos encarnados estiveram suspensas de negociação na bolsa portuguesa a pedido do regulador. Voltaram à negociação com uma valorização ligeira para 2,89 euros.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) solicitou à gestora da bolsa de Lisboa, a Euronext Lisboa, que congelasse a transação de títulos da SAD dos encarnados, isto depois de ter identificado “indícios de irregularidades diversas” relativas a participações na SAD, nomeadamente de José António dos Santos, um dos visados no processo “Cartão Vermelho”. Essa suspensão já foi, entretanto, levantada.
“Os títulos estão suspensos [de negociação] a pedido do regulador” do mercado de capitais português, disse fonte oficial da Euronext Lisbon ao ECO, informação que foi, de seguida, confirmada pela CMVM.
O regulador liderado por Gabriela Figueiredo Dias revelou que o “Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários deliberou (…) a suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, para a incorporação de informação”. Esta suspensão teve efeitos até às 9h45 desta segunda-feira, tendo as ações voltado à negociação com uma valorização ligeira, de 0,35%, para os 2,89 euros. Entretanto, estão a perder valor.
A decisão de suspender teve por base o facto de terem sido divulgados, nos últimos dias, “indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a composição da sua estrutura acionista”, referindo-se ao processo “Cartão Vermelho”.
“Face a estas ocorrências, a CMVM tem estado a proceder a averiguações no sentido de assegurar a disponibilização ao mercado de toda a informação relevante relativamente à governação e à estrutura acionista atual da Benfica SAD“, diz, acrescentando que esse pedido de esclarecimentos adicionais “a Luis Filipe Vieira, José António dos Santos, John Textor, José Guilherme, Quinta de Jugais e ao Sport Lisboa e Benfica”.
A CMVM revela ter apurado a “existência de contratos referentes à transmissão de ações cujas consequências em sede de imputação de direitos de voto não foram dadas a conhecer ao mercado”, nomeadamente as relativas à posição do “Rei dos Frangos” que, afinal, já terá mais de 20% da SAD. “Emergem, assim, dúvidas quanto à transparência das referidas participações qualificadas e, em particular, quanto à atual definição da estrutura acionista da Benfica SAD”, diz a CMVM.
(Notícia atualizada às 10h07 com o regresso à negociação das ações da SAD)
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