Vem aí uma etiqueta que monitoriza em tempo real as mercadorias
Chama-se "TAG-RFID" e tem como objetivo otimizar o controlo de stocks e reduzir custos associados à gestão logística de mercadorias. O lançamento está previsto para 2022.
À semelhança da têxtil Adalberto, que criou uma etiqueta inteligente para fornecer aos clientes maior transparência em toda a cadeia de valor, desde a origem das matérias-primas, ao consumo de água e energia, o Centi e a Viatel vão lançar uma etiqueta inovadora, intitulada de “TAG-RFID” que vai permitir monitorizar, em tempo real, a localização e o estado de uma mercadoria e equipamentos, para garantir que mantém a qualidade durante o transporte.
Os dados obtidos através da etiqueta, que terá ainda capacidade de armazenamento de energia, serão transmitidos para uma aplicação que permitirá analisar toda a informação associada ao produto. O lançamento da “TAG-RFID” está previsto para o próximo ano.
“Apesar de existirem no mercado etiquetas RFID, esta solução é inovadora e diferenciadora pelo facto de integrar sistemas de sensorização que permitem monitorizar, na mercadoria, parâmetros como a temperatura e humidade. Além disso, não se trata de uma etiqueta passiva, mas sim, ativa, devido à sua capacidade para armazenar energia, e adquirir informação mesmo quando não está sobre o campo de ação da antena”, refere Juliana Soares, uma das investigadoras do projeto, por parte do CeNTI.
De acordo com a responsável, a solução procura resolver atuais lacunas verificadas no controlo e monitorização de mercadorias em trânsito. “O projeto tem como meta dar resposta a uma necessidade identificada pelo controlo de qualidade, no âmbito da gestão dos stocks que circulam permanentemente no interior de carrinhas de operação/distribuição. Até agora, não era possível monitorizar, em tempo real, a localização dos equipamentos nem o real estado dos mesmos, sujeitos a diferentes parâmetros, como a temperatura, humidade, entre outros. E estes são aspetos importantes que podem alterar ou danificar a qualidade final do produto e/ou equipamento”, adianta Juliana Soares, citada em comunicado.
A etiqueta surgiu devido à carência identificada pela Viatel, empresa de engenharia de telecomunicações do grupo Visabeira. No entanto, o objetivo do consórcio alargar esta tecnologia para outras empresas na área da logística.
A investigação decorreu no âmbito do projeto Vi-TAG e é cofinanciado pelo Compete 2020. Tem um custo elegível de 465.663,81 euros e um apoio da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, de 301.663,81 euros.
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