Belgas fundem Ageas e Ocidental e criam terceira maior seguradora Não Vida

Ocidental Seguros vai ser absorvida pela Ageas, mas as duas marcas vão manter-se ativas. Belgas asseguram que fusão que visa poupanças não terá impacto nos mais de 600 trabalhadores.

A Ageas Portugal vai absorver a Ocidental Seguros, sendo que ambas companhias detidas pelo grupo belga Ageas e juntas formarão aquela que será a terceira maior seguradora do ramo Não Vida em Portugal.

Com esta operação, a Ocidental Seguros extingue-se, mas a marca mantém-se, assim como os pontos de contacto e oferta não vão registar quaisquer alterações, explicou fonte oficial da Ageas ao ECO. A fusão “surge no âmbito da missão de simplificação da estrutura jurídica corporativa” pelo que “não irá ter impactos internos ou externos, mantendo-se ativa a marca Ocidental, assim como todos os pontos de contacto e a oferta de produtos e serviços inerentes ao seu negócio”, detalha a mesma fonte.

Por outro lado, a fusão não vai colocar em perigo qualquer posto de trabalho, garante o grupo liderado por Hans de Cuyper. Trabalham nas duas companhias mais de 600 trabalhadores: a Ageas Portugal tinha 448 trabalhadores e a Ocidental Seguros tinha 223 trabalhadores no final do ano passado.

O contrato de distribuição de seguros com o banco BCP também se manterá tal como está. “Existe um compromisso de longo prazo sólido com o Millennium bcp, não se antevendo no âmbito desta fusão impactos ao nível contratual”, reitera a mesma fonte.

Ambas as companhias são já detidas pela Ageas Portugal Holdings, sendo que o banco liderado por Miguel Maya, que detém uma ação da Ocidental Seguros, passará a deter uma ação da Ageas após esta transação.

Tanto a Ageas Portugal como a Ocidental Seguros atuam no ramo Não Vida, e “juntas” vão passar a deter mais de 13% de quota de mercado em termos de produção de seguro direto, posicionando-se no terceiro lugar do ranking das maiores seguradoras em Portugal, apenas atrás da Fidelidade (27,6%) e Generali (18,4%).

Fusão à espera do regulador

A fusão será feita através da “transferência global do património da sociedade Ocidental para a Ageas Portugal, com a extinção da primeira”, lê-se no projeto de fusão, com os órgãos de administração das suas sociedades a considerarem a fusão e a modalidade da operação como “perfeitamente justificadas essencialmente pelos motivos de racionalidade económica e de reorganização de atividades e reestruturação societária”.

“Tendo em consideração a desnecessária duplicação de estruturas para o mesmo fim, a projetadas fusão visa concentrar a sociedade incorporante (Ageas Portugal) a atividade de seguro e resseguro Não Vida, atualmente prosseguida por duas sociedades no mesmo grupo com o mesmo objeto social, que atuam nos mesmos mercados e com a sobreposição de atividades”, detalha o projeto de fusão.

A transferência da carteira de seguros da Ocidental para a Ageas está agora dependente da autorização da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Em causa estão ativos e passivos de 1900 milhões da Ageas e de mais de 700 milhões da Ocidental, de acordo com os balanços das duas companhias relativas ao final de 2020. Tanto uma como outra tiveram lucros de mais de 20 milhões no ano passado.

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