Comissão Europeia defende reabertura dos EUA a viajantes da UE após restrição a Portugal
A Comissão Europeia acredita que existem “fortes razões para os Estados Unidos reabrirem aos viajantes da Europa”, numa altura em que 57% dos europeus está totalmente vacinado.
A Comissão Europeia defendeu esta terça-feira existirem “fortes razões” para os Estados Unidos abrirem as suas fronteiras a viajantes da União Europeia (UE), não comentando a nova restrição norte-americana a Portugal, após o país ter considerado como destino a evitar.
“Estamos em estreito contacto com a administração norte-americana sobre a questão do reinício seguro de todas as viagens entre a UE e os Estados Unidos […] e recebemos garantias de que esta é uma questão de alta prioridade” para o lado norte-americano, declarou o porta-voz da Comissão Europeia para a área dos Assuntos Internos, Adalbert Jahnz.
Notando existirem contactos técnicos entre Bruxelas e Washington para ultrapassar a proibição de viagens norte-americanas, adotada devido à pandemia de covid-19, Adalbert Jahnz acrescentou acreditar que existem “fortes razões para os Estados Unidos reabrirem aos viajantes da Europa”, numa altura em que 57% dos europeus está totalmente vacinado e 70% recebeu a primeira dose da vacina.
Durante a conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, o responsável foi questionado sobre a nova restrição norte-americana a Portugal, imposta na segunda-feira, na qual o país foi considerado como destino a evitar, bem como Espanha.
Sem responder diretamente, Adalbert Jahnz lembrou que, “de um modo geral, o Conselho da UE tem vindo a recomendar desde 18 de junho que todos os Estados-membros da UE levantem a restrição de viagens para os residentes dos Estados Unidos, independentemente do estatuto de vacinação, com base nas provas científicas disponíveis e sem prejuízo de quaisquer possíveis medidas adicionais relacionadas com a saúde, tais como testes ou quarentena”.
E recordou que, nessa recomendação, ficou também previsto que “a reciprocidade é um dos elementos que os Estados-membros têm de ter em conta quando decidem sobre o levantamento das restrições de viagem para um país específico não pertencente à UE”. Por isso, “cabe então ao Conselho considerar quaisquer questões de reciprocidade deste tipo”, adiantou Adalbert Jahnz.
Os Estados Unidos da América incluíram na segunda-feira novamente Portugal à lista de países em que recomenda a “evitar viajar”, colocando-o no nível “muito alto”, devido ao agravamento da pandemia da covid-19. O anúncio foi feito pelo Departamento de Estado, numa declaração na qual indicou que Chipre e o Quirguistão também subiram para essa categoria.
No que se refere a Portugal, a recomendação destina-se especificamente à pandemia. Os avisos de viagem foram emitidos com base na recomendação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano, que colocaram Portugal e Espanha no “nível 4”, devido à pandemia.
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