Estado tem de “ser mais criterioso” antes de meter dinheiro nas empresas, diz Siza Vieira
O ministro da Economia separa a intervenção em empresas estratégicas, como a TAP, de outras empresas. Neste último caso, o critério será a avaliação da viabilidade futura da empresa.
A Dielmar entrou em insolvência e o ministro da Economia diz que muita coisa foi mal feita ao lidar com uma empresa que já mostrou não ter viabilidade. Pedro Siza Viera assume que o Estado tem de ter “uma perspetiva mais crítica” antes de decidir ajudar uma empresa, exceto no que toca a empresas que considera “estratégicas” como é o caso da TAP. A ótica da ação pública terá de voltar agora aos tempos pré-pandemia, após ter tentado evitar a falência das empresas durante a pandemia.
“Faz todo o sentido nesta altura desenharmos com outro tipo de rigor e com outro tipo de experiência acumulada os instrumentos de capitalização que o Estado tem”, afirma o ministro da Economia em entrevista ao Observador (acesso pago). À medida que o país deixa a Covid-19 para trás, o problema que se coloca deixa de ser a perda de faturação, mas o legado da crise, ou seja, as consequências em termos de capital da queda das receitas durante a pandemia.
Será através dos 1.300 milhões de euros que tem no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a recapitalização das empresas que tentará compensar essas consequências. Porém, o ministro da Economia não exclui que venha a ser preciso mais dinheiro, podendo chegar mais 2.300 milhões de euros via empréstimos do PRR. Mas esse pedido à Comissão Europeia dependerá da “procura e também do mérito dos projetos”. “O que nos parece é que, tendo em conta a avaliação que vamos fazendo das necessidades das empresas e também das condições de acesso a esses instrumentos, essa dotação inicial será suficiente durante o próximo ano“, explica Siza Vieira.
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