EDP, Iberdrola e Endesa pedem reforma da tarifa regulada de luz em Espanha

Tarifa regulada de eletricidade incorpora a volatilidade de preços no mercado grossista, que estão em forte alta. Elétricas garantem que isso não as beneficia e apelam a uma reforma.

As principais empresas de eletricidade em Espanha uniram-se para pedir uma reforma da tarifa regulada de luz no país, mais concretamente para que esta deixe de estar associada aos preços grossistas no mercado espanhol. O pedido partiu da associação setorial Aelec, que junta Iberdrola, Endesa, EDP e Viesgo.

Num comunicado, a Aelec começa por explicar que “o extraordinário aumento do preço do gás natural, cinco vezes superior ao de há um ano, e a alta do preço dos direitos de CO2, está a fazer com que os atuais preços do mercado grossista de eletricidade se situem em máximos históricos”.

Sendo um aumento de preços transversal à generalidade dos mercados europeus, lembra a Aelec, as elétricas consideram que, no caso de Espanha, o modelo de tarifa regulada “transfere a volatilidade para o cliente residencial e faz recair sobre a sua fatura impostos, encargos e taxas que não dependem do seu próprio consumo”.

“O impacto dos preços grossistas elevados para estes consumidores está estimado em quatro euros por mês. Sem prejuízo, convém ressalvar que não afeta os consumidores que operam no mercado livre, pois não têm subidas de preço”, aponta a associação.

Face a este cenário, a Aelec apela a que seja feita uma “revisão da tarifa regulada, ligando-a a preços estáveis, tal como acontece nos [outros] países europeus, o que permitiria evitar a volatilidade na fatura paga pelas famílias”. E assegura que as elétricas “não estão a beneficiar da subida do preço no mercado grossista”.

“Pelo contrário, o setor do gás é o que mais tem beneficiado da atual conjuntura do mercado“, aponta, por fim, a associação.

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