Número de internados nos cuidados intensivos com “tendência estável a decrescente”
Das 255 camas para doentes Covid nos cuidados intensivos, 66% estão ocupadas, o que mostra uma melhoria face às últimas semanas.
As Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) continuam sob pressão de doentes Covid, mas a tendência é “estável a decrescente”, mostra o relatório das linhas vermelhas do Instituto Dr. Ricardo Jorge, divulgado esta sexta-feira. Os números indicam que a taxa de ocupação das 255 camas Covid passou de 77% para 66% no espaço de uma semana. O grupo etário com maior número de casos internados corresponde ao dos 60 a 79 anos.
A 11 de agosto, contavam-se 169 doentes internados em UCI, um número que corresponde a 66% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, refere o documento. “Nas últimas semanas, este indicador tem vindo a assumir uma tendência decrescente (-16% em relação à semana anterior)”, lê-se. A região de Lisboa e Vale do Tejo registava 84 doentes internados em UCI, o equivalente a 82% do total de casos em UCI.
O grupo etário com maior número de casos de Covid-19 internados em UCI corresponde ao grupo etário dos 60 aos 79 anos (88 casos neste grupo etário a 11 de agosto de 2021). O documento salienta a “tendência estável ou decrescente do número de internados em UCI em todos os grupos etários”.
O relatório indica ainda que a mortalidade específica por COVID-19 (18,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes) tem “tendência crescente e está acima do limiar preconizado”.
No que respeita a testes, a proporção de testes positivos observada nos últimos sete dias (5 a 11 de agosto de 2021) foi de 4%, um valor que se mantém igual ao limiar definido de 4%. Nos últimos sete dias foram feitos 399.296 testes (423.706 testes no último relatório).
Nos últimos sete dias (5 a 11 de agosto de 2021), 94% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e 78% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados no mesmo período. Na última semana, estiveram envolvidos no processo de rastreamento, em média, 382 profissionais a tempo inteiro, por dia, no continente.
O relatório nota ainda que “é de esperar a ocorrência de mutações nos vírus ao longo do tempo, em resultado do processo da sua replicação, sobretudo em vírus RNA”. Assim, “a probabilidade de ocorrência destas mutações aumenta com a circulação do vírus na comunidade e com o número de indivíduos parcialmente imunizados, promovendo o aparecimento de variantes”. A variante Delta é a mais prevalente em Portugal, com uma frequência relativa de 98,9% na semana de 26 de julho a 1 de agosto.
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