Leão valida salários do privado na gestão do Banco de Fomento

CFO, responsável pelo risco e administrador comercial vão poder optar pela remuneração média dos últimos três anos auferida no lugar de origem enquanto gestores no BPF.

João Leão deu “luz verde” aos salários dos vogais executivos do conselho de administração do Banco Português de Fomento (BPF). Rui Dias, Susana Antunes e Tiago Simões de Almeida vão, assim, poder receber vencimentos que correspondem à média dos últimos anos, acima do que recebe o primeiro-ministro.

Sendo uma entidade pública, os vencimentos dos gestores do BPF têm limites, sendo, neste caso, o vencimento de António Costa, como previsto no Estatuto do Gestor Público. Contudo, podem “optar pelo valor de remuneração que tem como limite a remuneração média dos últimos três anos auferida no lugar de origem”, superando esse teto.

Essa opção “carece de autorização expressa do membro do Governo responsável pela área das finanças”, ou seja, por João Leão, lê-se no Diário da República. E foi, agora, concedida pelo ministro.

Autorizo os vogais executivos do conselho de administração do BPF Susana Oliveira Bernardo Marçal Antunes, Rui Jorge de Oliveira Vieira Dias e Tiago Rebelo Pinto Simões de Almeida, consideradas as competências adquiridas nos respetivos percursos profissionais em matérias relacionadas com o setor financeiro, a optarem por valor com o limite da remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem“.

Estes três gestores fazem parte da equipa executiva liderada por Beatriz Freitas. Rui Dias, que integrava a direção financeira e de estruturação da Caixa BI, será o Chief Financial Officer (CFO) da instituição, Susana Antunes, financial controller no Banco Santander Totta, será a responsável pelo risco, enquanto Tiago Simões de Almeida, até agora head of operations no BPI, terá o pelouro de administrador comercial no BPF.

Esta autorização de Leão tem de ser fundamentada. E no despacho do gabinete do ministro de Estado e das Finanças, Leão explica que a “luz verde” é dada tendo “em conta a complexidade e exigência das funções atribuídas ao BPF, e ao seu conselho de administração, e o papel fundamental deste na dinamização da economia portuguesa, procurando nivelar o estatuto remuneratório dos respetivos gestores públicos com a prática de mercado”.

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