Banco central da Noruega prepara-se para ter primeira mulher na liderança
Oeystein Olsen anunciou que se vai reformar em fevereiro. Economistas apontam a vice-governadora Ida Wolden Bache como a favorita na corrida pela sucessão no banco central da Noruega.
O governador do banco central da Noruega vai afastar-se do cargo em fevereiro, dez meses do fim do seu segundo mandato de seis anos. Os economistas apontam que a saída de Oeystein Olsen irá dar lugar, pela primeira vez na história da instituição, a uma mulher. A vice-governadora Ida Wolden Bache é a favorita na corrida pela sucessão.
“Há um tempo para tudo. Em janeiro faço 70 anos. É o momento natural para terminar a minha carreira profissional”, afirmou Oeystein Olsen, num comunicado citado pela Reuters.
“Decidi manter-me no meu posto até final de fevereiro do próximo ano e terminar a carreira com o meu 12.º discurso anual”, acrescentou o governador do Norges Bank.
A reforma de Oeystein Olsen poderá abrir caminho à primeira governadora na história do banco central da Noruega. Assim vaticinam os economistas, que já têm um nome no topo das preferências.
“Ida Wolden Bache é, na minha opinião, a clara favorita para suceder a Olsen”, frisou Kjersti Haugland, economista-chefe da DNB Markets.
Wolden Bache foi nomeada como uma das duas vice-governadoras em 2020, depois de liderar a unidade de política monetária do banco central desde 2016. Tem doutoramento em economia e já foi economista senior da Handelsbanken Capital Markets, em Oslo.
Kjetil Olsen, economista chefe da Nordea Markets, concorda: “Ela é extremamente bem preparada e como vice-governadora já está envolvida na maioria das responsabilidades e tarefas do Norges Bank há muito tempo”, disse. “Tem dificuldade em ver alguém superá-la”, acrescentou.
Além de ser responsável pela política monetária e pela estabilidade financeira do país, o Norges Bank administra o maior fundo soberano do mundo, com 1,4 biliões em ativos.
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